Em julgamento no EUA, mineiro confessa ter assassinado família de empresário e escapa da pena de morte

O mineiro Valdeir Gonçalves Santos, de 31 anos, acusado de assassinar três pessoas da mesma família em Omaha, nos Estados Unidos, confessou ter cometido o crime no último dia de seu julgamento, ocorrido nessa quinta-feira (25). De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, a confissão rendeu um acordo entre a promotoria e a defesa, livrando o acusado da pena de morte.
O crime ocorreu em dezembro de 2009. Desde então, o empresário brasileiro Vanderlei Szczepanik, 43, sua mulher, Jaqueline Szczepanik, 43, e o filho do casal, Christopher, 7, estão desaparecidos.
Santos trabalhava como ajudante de pedreiro na construtora de Szczepanik. No dia em que a família foi dada como desaparecida, ele foi flagrado utilizando os cartões de crédito do empresário. Cheques da conta da vítima também teriam sido descontados pelo acusado.
Vanderlúcia Oliveira de Paula, mulher do mineiro, foi a principal testemunha do julgamento. Ela confirmou as acusações contra o marido, dissendo que ele torturou o empresário e fez com que ele assinasse folhas de cheque. Depois, teria esquartejado o corpo.
De acordo com o Itamaraty, visivelmente abalado após presenciar os depoimentos da acusação, Santos revelou a verdade sobre os homicídios, contando, inclusive, detalhes do crime.
O ajudante de pedreiro ainda confirmou a participação dos colegas José Carlos Coutinho, 37, e Elias Lourenço Batista, 29. Coutinho também está preso e Batista foi deportado para o Brasil. Os três são mineiros de Ipaba, no Vale do Aço.
Santos foi condenado a 20 anos de prisão por um dos assassinatos. A pena pode ser reduzida para dez anos, dependendo do comportamento do acusado.