A estudante de 15 anos que teria sido vítima de um estupro, no bairro São Benedito em Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte, confessou nesta segunda-feira (1º) que o ato foi consensual.
Na última quarta-feira (26), a jovem procurou a polícia e disse em depoimento que conheceu um rapaz de 18 na porta da escola e após alguns contatos foi convencida a ir até a casa dele, no bairro São Benedito, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Conforme a polícia, a menor disse que os jovens deram bebida alcoólica e que teria ficado inconsciente. A ação foi filmada pelos envolvidos: quatro rapazes, sendo dois de 16 anos, um de 21 e o dono da casa de 18.
Segundo a delegada Bianca Landau, quando a menor viu as outras filmagens em que ela aparecia, a estudante confessou o consentimento. Em depoimento, a adolescente disse que quis beber para ter coragem de transar com todos. Os envolvidos disseram que faziam as imagens com celular e baixavam para o computador do rapaz de 21 anos.
Segundo a Polícia Civil, três suspeitos se apresentaram espontâneamente na delegacia. Em depoimento, os jovens afirmaram que o sexo foi consensual e negaram ter dopado a adolescente.
Um vídeo com com as cenas da relação sexual entre o grupo circulou na internet pelo Facebook motivo pelo qual a adolescente acionou a polícia. A delegada responsável pelo caso, chegou a ouvir os envolvidos na última sexta-feira (28) e recolheu material nos computadores dos rapazes.
No equipamento, a polícia encontrou no computador do rapaz, de 21 anos, outros vídeos em que essa mesma jovem estaria fazendo sexo com esses rapazes. Outras gravações também mostram outros adolescentes em atos sexuais. A polícia ainda irá identificar as outras pessoas que aparecem nos outros vídeos.
De acordo com a delegada Bianca Landau, os suspeitos poderão responder criminalmente pela divulgação do vídeo. “A autuação é baseada no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê pena de quatro a oito anos para quem filma ou reproduz cenas de sexo explicito com crianças e adolescentes”.
A Polícia Civil irá continuar investigando o caso para identificar outros jovens que aparecem em outros vídeos arquivados no computador.
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