Nesta quinta-feira (25), a Justiça decretou o afastamento do delegado João Pedro de Rezende, ex-chefe do Departamento de Polícia Civil de Formiga, no Centro-Oeste do Estado, do filho dele, o investigador Alexandre Clayton Rezende, e de outros policiais denunciados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), juntamente com dezenas de outros envolvidos na venda fraudulenta de carteiras de habilitação.
Desde o ano de 2006, Alexandre Clayton Rezende, Lineu Lamounier Junior, Sérgio Lúcio Simão, Racilane Antonio da Silva Costa e João Pedro de Rezende, integrantes da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, juntamente com os proprietários da auto-escola "Sinal Verde", Weberson Luiz Luciano, Daniela Mourão Terra Luciano e Luiz Gustavo Luciano se associaram na venda fraudulenta de carteiras de habilitação para candidatos de Formiga e de cidades da região.
Foram denunciados ao todo 81 acusados, entre policiais civis, despachantes, instrutores e proprietários da auto-escola Sinal Verde, uma das envolvidas nas fraudes.
O investigador Alexandre Clayton Rezende é acusado de chefiar o esquema. O delegado João Pedro de Rezende é acusado de utilizar sua influência junto à Polícia Judiciária para manter, na época, na banca examinadora, o filho dele e os demais policiais envolvidos, mesmo sabendo do esquema de corrupção, além de exigir a aprovação dos candidatos que ele indicava e de ameaçar os policiais que se recusavam a obedecer às ordens dos participantes do esquema.
A denúncia foi oferecida à Justiça pelos promotores de Justiça Ângelo Ansanelli Júnior, Clarissa Gobbo dos Santos, Marco Aurélio Rodrigues de Carvalho e Luciana Imaculada de Paula.
Em sua decisão, o juiz Paulo César Augusto de Oliveira Lima determinou o afastamento dos policiais das funções na Polícia Judiciária, bem como dos diretores, instrutores e proprietários de auto-escolas.
Histórico
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