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sábado, 1 de dezembro de 2012

Trabalho, amor e solidariedade na rotina dos portadores do HIV

Com a voz embargada e um olhar distante, Deivisson de Souza descreve a sensação que teve ao descobrir ser portador do vírus da HIV, em novembro de 2011. "Quando saí do consultório, eu queria morrer, suicidar", conta. Hoje, um ano após o diagnóstico, o rapaz de 23 anos já nem chega a cogitar a morte. Além de se dedicar ao trabalho em uma Organização Não Governamental (ONG) de apoio às pessoas com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), ele pratica exercícios físicos e tem uma namorada.

Deivisson representa bem a evolução no tratamento do HIV ao longo dos últimos 30 anos. Desde 1983, quando a epidemia teve início, a quantidade e a qualidade dos medicamentos antirretrovirais deram um salto no país e, com menos efeitos colaterais, os portadores alcançaram uma rotina com menos limitações.

"Houve uma evolução fantástica. O resultado é tão indescritível que transformou o Brasil em um dos maiores programas de combate à Aids do mundo. Mas ela ainda é uma doença, as pessoas precisam se prevenir", afirma a coordenadora estadual de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Aids, Fernanda Junqueira.

"Antes, o paciente tinha que tomar um coquetel com muitos comprimidos por dia. Hoje, às vezes, ele toma um só comprimido. A tendência é simplificar o tratamento para aumentar a aderência, é diminuir o número de drogas. O que não significa que não é preciso se prevenir", alerta Sérgio Lima, infectologista do Hospital Belo Horizonte. 

Para Valdecir Buzon, 39, a doença também não é sinônimo de impedimento. Portador do vírus há 22 anos, todos os dias, ele acorda às 5h40 para dar aulas de filosofia em uma escola pública do bairro Cabana, na região Oeste. Buzon ainda é presidente do Grupo Vhiver, que presta 11 mil atendimentos mensais às pessoas com HIV. 

"Temos hoje um arsenal medicamentoso que garante uma boa qualidade de vida. Mas nós temos que lutar contra a pobreza e contra essa crise moral do preconceito, que continua matando", disse Buzon, que ressalta ter uma vida amorosa ativa. Ele toma sua medicação uma vez ao dia.

Discriminação. Deivisson descobriu o HIV quando sua noiva ficou doente e morreu. Desde então, ele superou dificuldades, como recuperar 15 kg dos 20 kg que havia perdido, além de se curar de problemas na visão. Hoje, depois de tudo por que passou, ele acredita que o preconceito é a principal barreira a ser vencida. "Hoje, tenho uma vida quase normal. Mas as pessoas ainda têm muito preconceito", lamenta.

Guilherme Santos, 18, também consegue se dividir entre os amigos e a namorada. E ainda faz trabalho voluntário. Mas, para ele, a discriminação é algo recente. Morador de Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte, ele nasceu com o vírus da Aids, mas só conseguiu entender o que a doença representava após os 15 anos, quando passou a tomar remédios. Por causa do HIV, a mãe do garoto perdeu a visão e os movimentos do lado direito do corpo.

"Minha mãe me levava ao médico, mas eu não entendia", relata o jovem, que acabou abandonando o tratamento. "Minha imunidade ainda é baixa, mas nunca adoeci. Voltei a tomar os remédios há uma semana. Quero ser médico". 

Brasil vai fabricar mais um remédio
São Paulo. Começará a ser distribuído, a partir de 2013, na rede pública de saúde, mais um medicamento com o rótulo nacional: o sulfato de atazanavir. O remédio, que já é distribuído aos pacientes do SUS, é utilizado por cerca de 45 mil pessoas – 20% dos 217 mil pacientes.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que a produção será possível graças a uma parceria com o laboratório internacional Bristol-Myers Squibb. Hoje, o medicamento é importado. A expectativa é que sejam economizados R$ 81 milhões por ano durante a parceria. "O Brasil terá capacidade para se tornar autossuficiente na produção", disse Padilha.

O sulfato de atazanavir é um dos medicamentos preferenciais do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, da Sociedade Internacional de Aids e da Organização Mundial da Saúde (OMS). A parceria inclui a transferência da tecnologia, a fabricação e a distribuição por cinco anos. Como contrapartida, o governo garantirá exclusividade ao laboratório no processo da transferência. 

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