A delegada Ana Maria esclareceu, na manhã desta terça-feira (20), como recebeu as denúncias da morte de Eliza e como Jorge Rosa, primo de Bruno, narrou o crime.
Segundo a investigadora, ela recebeu, da delegada Alessandra, no dia 24 de junho 2010, a informação de que havia acontecido um espancamento e morte em Contagem. No dia seguinte, pelo Disque Denúncia, a polícia recebeu as informações de que a vítima seria Eliza Samudio e de que um menor também estaria em perigo. A delegada relatou que a policia, então, começou a realizar diversas diligencias para verificar as denúncias.
Ana Maria afirmou que os policiais foram até o sítio de Bruno e nada encontraram. Porém, o caseiro José Roberto disse às autoridades policiais que estava surpreso com a ausência das pessoas e que ele viu uma criança no local. Em um primeiro momento, Dayanne, Coxinha e Elenilson negaram a presença da criança. Depois, Coxinha relatou que não queria conflito com a policia e informou que o menino estaria no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.
Bruninho, segundo fala da delegada, teria ainda passado pela casa de Geisla, mulher de Cleiton da Silva, ex-motorista do goleiro. Cleiton teria pedido sua esposa para entregar o menino porque aquele fato acabaria em problema.
Depoimento de Jorge Rosa
O promotor de Justiça Henry Wagner Vasconcelos questionou a delegada sobre o depoimento de Jorge Rosa, primo de Bruno.
Segundo ela, o menor relatou que Eliza foi retirada do sítio, com Bruninho, por ele,Jorge, Sérgio e Macarrão. No caminho ,eles teriam encontrado com Bola seguido para uma casa em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte. Jorge contou que Macarrão teria tido uma conversa rápida com Bola e autorizou que todos saíssem do carro.
Naquele local , Eliza teria sido executada enquanto Sérgio segurava o bebê. De acordo com Rosa, Bola teria dito à vítima que ele era policial e que ela poderia ficar tranquila. Durante o fato, Macarrão teria amarrado as mãos de Eliza e a chutado.
Ainda de acordo com as declarações do menor, Bola teria se postado atrás de Eliza e constrangeu ,com um dos braços ,o pescoço da vítima. Ela teria ficado com os olhos esbugalhados e com sangue no olho. Na medida em que seu pescoço era apertado, saia espuma de sua boca. Ela caiu no chão e morrido. O executor teria dito, segundo o menor, que se livraria do corpo. Antes, Bola teria jogado a mão de Eliza para os cães.
Ana contou que Jorge, muito emocionado, falou que aquelas lembranças o perturbavam durante o sono e chegou a pedir para dar a mão à delegada. Para Ana, o depoimento de Jorge passou credibilidade. " Aquela narrativa mexeu com nosso emocional", disse.
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