Foi recapturado nesta quarta-feira (2), em Porto Alegre (RS), o tenente da Polícia Militar Henrique Buzzato Storck, acusado de espancar a própria mulher por três horas em agosto deste ano, em Belo Horizonte. Tranquilo e sem oferecer qualquer tipo de resistência, o militar foi detido quando fazia uma visita a uma loja de aparelhos auditivos de um amigo. "Ele está bem, calmo. Disse que fugiu porque sentia-se deprimido e injustiçado", contou o delegado Guilherme Wondracek, da Delegacia de Capturas do Departamento de Investigação Criminal de Porto Alegre.
Henrique Storck chegou a ficar detido por quase dois meses no Batalhão Rotam de Belo Horizonte. Na madrugada do dia 4 de outubro, ele conseguiu fugir da cárcere e, segundo seu próprio relato, dirigiu até o Sul do país, onde mora sua família. De acordo com a assessoria de imprensa da PM, as circunstâncias em que a fuga ocorreu são desconhecidas e um inquérito administrativo foi aberto para apurar as responsabilidades pelo fato.
Para preservar o sigilo das investigações, a Polícia Civil não pôde informar como era a vida do tenente nos dois meses em que ficou foragido. Um amigo dele, dono da loja de aparelhos auditivos, no entanto, foi levado à delegacia e revelou desconhecer a acusação contra o militar. "Segundo o amigo, o tenente contou apenas que tinha pedido baixa da Polícia Militar e queria seguir sua vida em Pouso Alegre. Disse que não sabia nada sobre o caso de espancamento da mulher", informou o delegado.
No momento em que era preso, Henrique Storck falou brevemente sobre a mulher e o suposto motivo para a agressão. "Ele disse que foi traído, e que por isso, perdeu a cabeça". Em depoimento à Polícia Civil, a ex-companheira do militar, a tenente do Exército Karen Mendes, relatou que ele não aceitava o fim do relacionamento de sete anos. Inconformado, o policial teria mantido a mulher em cárcere privado, agredindo-a com socos, chutes e até mesmo com um alicate. Ele chegou a ficar hospitalizada com marcas por todo o corpo.
O acusado foi levado para a Departamento de Investigações Criminais, de onde seguiria para o Batalhão de Operações Especiais de Porto Alegre. A Polícia Civil informou que a Corregedoria da Polícia Militar de Minas Gerais já pediu sua transferência para Belo Horizonte, o que deve acontecer nos próximos dias.
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