Uma menina de 11 anos, grávida de dois meses, deve ser submetida a um aborto nesta quarta-feira (30) no Hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte. A menor, vítima de estupro, foi transferida na noite dessa terça-feira do Hospital Escola Itajubá, no Sul de Minas Gerais, porque os médicos da instituição se recusam a fazer o procedimento. A lei brasileira prevê o aborto em caso de estupro, mas o código de ética médica permite que o profissional recuse fazer o procedimento.
Segundo o diretor do hospital Sindalberto Fernando de Oliveira, trata-se de um problema de consciência dos médicos e nenhum deles quis fazer o aborto. O diretor afirmou ainda que o hospital recorreu à Justiça para pedir a transferência da menina e argumentou que não conseguiu nenhum outro médico foram da instituição para fazer o aborto. Nesta terça-feira, o juiz Selmo Silas autorizou a transferência da menina para o Hospital Júlia Kubitschek, em Belo Horizonte, onde a menina está internada.
Informações do Conselho Tutelar da cidade dão conta de que a menor grávida e suas duas irmãs, uma de 13 anos e outra de 15 anos, tiveram relação sexual com um conhecido da família. A relação era mantida há um ano e o homem, segundo as meninas, continuava a ameaçá-las. O acusado foi interrogado, mas solto por falta de provas. A menor grávida, que é da cidade de Piranguinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário