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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Escândalo da oficina: Na Câmara, Tomé fala e não diz nada

A reunião de ontem da Câmara Municipal foi um verdadeiro teatro. Muitas câmeras fotográficas, cinegrafistas, repórteres e o povo, esperando que Tomé Lucas Pereira, envolvido no “escândalo da oficina”, cumprisse sua promessa, feita semana passada e apresentasse um dossiê, como ele mesmo disse, sobre todas as contas da Câmara em sua gestão como presidente, nos anos de 2009 e 2010. O povo foi convidado pelo ex-presidente para ter acesso a esclarecimentos, e todos queriam entender como se gastou em quatro carros, o valor exorbitante de quase R$ 400 mil. Nunca se viu a Casa tão lotada esperando por uma resposta convincente, o que não aconteceu. O povo foi feito de palhaço, foi enganado mais uma vez. Tomé usou a tribuna, falou e não disse nada, não cumprindo a promessa.     
O ex-presidente começou seu discurso falando da Lei de Responsabilidade Fiscal, instituída em 1992, citou nomes de prefeitos dessa época para frente, como Doutor Eduardo, Dário Grossi, José de Assis e Ernani, afirmando que todos responderam ou respondem a processos mas não foram julgados da forma que ele está sendo. “Algum desses prefeitos teve a intenção de desvio do dinheiro do povo? Eles lideraram sozinhos? Nenhum deles foi julgado pela imprensa ou pelo povo, mas pelos órgãos competentes”, disse.
E Tomé alterou a voz ao falar da atitude do atual presidente Mestre ao demonstrar os gastos de sua gestão: “Senhor presidente, o senhor que frequenta a Igreja Católica, por que entregou tudo para imprensa e não resolveu antes, aqui dentro? O senhor pediu para me crucificarem, foi pior que Judas, me jogaram na rua, como bandido”, afirmou, inflamado, se dizendo injustiçado.
O ex-presidente pediu um julgamento justo e disse que não entregará ninguém, como havia dito na semana passada. “Homem que entrega o outro não é homem, os documentos serão investigados na CPI e o que for da minha responsabilidade, dela não fugirei”. Tomé confirmou que tem muita gente envolvida no escândalo da oficina, mas ressaltou que de sua boca não sairá nome algum.
Em tom de ameaça, o ex-presidente disse que possui a gravação de uma fita em que Mestre critica todos os vereadores. “Por que apenas eu fui procurado dessa forma? Não estou dizendo que sou inocente, mas também não posso ser julgado antes de tudo ser fiscalizado. Tenho vergonha de sair de casa, de olhar para o povo, de tomar café com os amigos, porque sujaram meu nome”, afirmou Tomé reafirmando que “se estiver errado, pagará pelo erro”.
Logo depois da fala de Tomé, o vereador João das Mudas usou a tribuna e disse que o ex-presidente não pode ser condenado sozinho pois teve a participação de outras pessoas, mas, igualmente, não mencionou nenhum nome de parlamentar.
Antes mesmo de terminar a reunião Tomé saiu e não concedeu entrevista à imprensa. Porém o povo não contente com o que viu, começou a chamá-lo de “ladrão” e a perguntar para onde foi o dinheiro da Câmara. 
O vereador Irmão Emerson explicou que não aceitou o pedido de CPI feito por Tomé porque a população estava esperando uma atitude dos vereadores, prevalecendo o requerimento da Mesa Diretora no mesmo sentido, aceito e resultando na instalação da comissão de investigação.
No final da reunião, quando Tomé já tinha saído, Mestre usou a tribuna para dizer que está fazendo se papel de fiscalizar. “Estou fazendo sim meu papel como cristão e como vereador; não estou julgando e nem condenando, apenas fiscalizando, o que todo vereador deve fazer”, disse Mestre.
Ficou decidido que a CPI será composta com uma vaga do PSDB, outra do PSB e uma do PTB para membros efetivos. Para os suplentes, terão vaga os representantes do Democratas, PSC e PT. Mestre explicou que foi feito dessa forma pois os líderes dos partidos já participam de outras comissões na Casa. Os nomes devem ser escolhidos hoje.
O Ministério Público
Através de denúncia feita por Luiz Carlos Vicente, o Van Gogh, o Ministério Público enviou à Câmara oficio, na segunda-feira, requisitando cópias de contratos e de compras efetuados na gestão de Tomé. A Câmara tem dez dias para apresentar os documentos ao promotor Antônio Henrique Franco Lopes, da 3ª Promotoria, mas o caso será analisado na esfera da 2ª Promotoria, tão logo a titular reassuma as funções, decorrido o período de licença-maternidade.    

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