O goleiro Bruno Fernandes e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, ficarão em celas isoladas e sem direito a receberem visitas durante o tempo em que ficarem detidos no presídio de Bangu II, na capital fluminense. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (25) pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio.
A dupla será transferida nesta quinta-feira (26) da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande Belo Horizonte, para o Rio de Janeiro, onde participará de audiências do processo em que é acusada de sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza Samudio. A ação foi movida pela ex de Bruno em outubro do ano passado.
Bruno e Macarrão deverão permanecer no Rio durante cerca de 30 dias, conforme informado pela Seap. A primeira audiência está prevista para as 14h desta quinta, na 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá. Cinco testemunhas de acusação, convocadas pelo Ministério Público, deverão ser ouvidas.
As testemunhas de defesa da dupla deverão depor nas próximas semanas. A Justiça negou o pedido feito pelo advogado de Bruno, Ércio Quaresma, de que a própria Eliza Samudio fosse intimada como testemunha no caso. Quaresma também listou convocou para deporem a favor do jogador o diretor do Futebol do Flamengo, Zico, o ex-técnico do time, Andrade, o lateral-direito Leonardo Moura e a presidente do clube, Patrícia Amorim.
Homicídio
Em Minas Gerais, Bruno, Macarrão e outras sete pessoas são acusadas pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Vão responder pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor o jogador, Macarrão, Sério Rosa Sales, Dayanne Souza, Elenilson Vitor da Silva, Flávio Caetano, Wemerson Marques e Fernanda Gomes de Castro.
Apenas o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, responderá por dois crimes: homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ele é apontado pela Polícia Civil como o executor do assassinado e responsável por sumir com os restos mortais de Eliza.
Todos os acusados tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça mineira. Vários habeas corpus a favor dos envolvidos foram negados pelo poder judiciário e todos deverão permanecer presos até o fim do julgamento.
O adolescente primo do goleiro Bruno, quem denunciou o sequestro e morte de Eliza, foi o primeiro a ser condenado. O juiz da Vara da Infância e Juventude de Contagem, Elias Charbil Abdou Obeid, sentenciou o menor por homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado. A internação dele é por tempo indeterminado, mas, por recomendação do Ministério Público, não deverá ultrapassar o limite de três anos.
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