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terça-feira, 24 de abril de 2012

Jornalista Décio Sá é assassinado em restaurante no Maranhão

O jornalista e blogueiro Décio Sá foi assassinado com seis tiros à queima roupa em um restaurante na avenida Litorânea, em São Luís, no Maranhão, por volta das 22h30 de segunda-feira (24). Segundo informações, da Polícia Militar do Estado, Décio Sá estava jantando sozinho em um restaurante quando um homem  se aproximou e disparou seis vezes, acertando quatro tiros na cabeça e dois nas costas. Ele morreu no local.

O assassino fugiu em companhia de outra pessoa, que o esperava do outro lado da avenida em uma motocicleta. Uma viatura estava a cerca de 150 metros do local quando o jornalista foi assassinado, mas os criminosos conseguiram fugir. À 1h30 desta terça-feira, policais montavam barreiras pela cidade e as buscas continuavam, mas ninguém havia sido detido.
Um dos últimos posts de Sá em seu blog, nesta segunda-feira (23), informava sobre o pedido de transferência para São Luís do julgamento dos pistoleiros Moises Alexandre Pereira e Raimundo Pereira.
"A defesa dos pistoleiros Moises Alexandre Pereira e Raimundo Pereira, acusados de matar no ano de 1997, em Barra do Corda, o líder comunitário e sem-teto Miguel Pereira Araújo, o Miguelzinho, a mando do empresário Pedro Teles, ajuizaram nesta segunda-feira pedido no Tribunal de Justiça do Maranhão solicitando a transferência do julgamento para São Luís. A alegação é de que das 25 pessoas selecionadas para participar do júri popular, pelo menos 20 têm ligação com o empresário, seu pai, o prefeito Manoel Mariano de Sousa, o Nezim, e o deputado Rigo Teles (PV), irmão de Pedro", escreveu Sá.
A polícia disse acreditar que o crime foi  encomendado. A suspeita se baseia no fato de que o calibre 40 da arma usada para matar Sá é privativo da polícia. Além disso, o autor dos disparos agiu com ajuda de outra pessoa. 
Décio Sá trabalhava no jornal "O Estado do Maranhão" --pertencente à família Sarney-- e escrevia em um blog famoso por informações de bastidores da política no Maranhão. Ele também trabalhou no jornal "O Imparcial" e chegou a ser correspondente da "Folha de S.Paulo" no final dos anos 90. O jornalista deixa mulher e um filho de 8 anos.
A Secretaria de Comunicação do Estado publicou nota na qual "repudia a ação bárbara e cruel" e afirma ter "tomado as providências para a prisão dos responsáveis pela morte". Segundo a nota, peritos do Instituto Médico Legal trabalham no local.
O corpo de Décio está sendo velado na capela da Pax União, localizada na rua Grande, centro de São Luís. O enterro do jornalista deve acontecer na tarde desta terça-feira (24) no Jardim da Paz, na estrada de Ribamar.

Repercussão

Pelo Twitter, dezenas de postagens condenam o atentado e pedem respeito aos profissionais de imprensa do Maranhão. "No Maranhão, se fala morre. Se cala, morre do mesmo jeito, num pântano de silêncios. Chocado com a execução do jornalista", comentou o jornalista Alex Palhano. "Estou vendo agora a notícia sobre o Décio Sá e ainda não estou acreditando", disse o jornalista Clodoaldo Corrêa.
"Crime de pistolagem contra jornalista, na capital do estado em pleno sec 21?!! Inaceitável! Inconcebível! O Estado precisa responder", escreveu o presidente da seccional no Maranhão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil),  Mário Macieira. "É inaceitável, intolerável, que numa sociedade democrática haja espaço para crimes assim. No campo, na cidade, em qualquer lugar. Reação!", disse o jurista Cláudio Pavão. 

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