Um grupo de meninos corre atrás de uma pipa amarela. Do outro lado, adolescentes sentados numa mesa velha de sinuca conversam enquanto tomam um refrigerante e ouvem música do Rappa. Tudo isso acontece em torno das estações do teleférico do Alemão, que estão virando pontos de encontro dos moradores do complexo, na Zona Norte. No entanto, as longas filas e a espera de duas horas pelo passeio de 45 minutos mostram que ainda há problemas.
A principal reclamação dos usuários é com a desorganização das filas. Como não há fiscalização, muitos moradores estariam passando à frente de outros. O desrespeito acontece com frequência, segundo os próprios moradores. O casal baiano Leandro Santos Santana, de 20 anos, e Viviane Conceição Cruz, de 18 anos, teve que esperar por uma hora e meia até embarcar no teleférico, na estação do Morro do Baiano.
— Vim conhecer o teleférico, mas já estou esperando quase duas horas debaixo do sol quente. Tem muito morador furando fila e ninguém para combater isso — afirmou Leandro.
Viviane também reclamou da desorganização:
— Isso é ruim porque acabamos ficando para trás.
Diferentemente do que ocorreu na segunda-feira na estação de Itararé, quando moradores quebraram o vidro da estação, ontem o clima era de tranquilidade nas estações e de euforia nas gôndolas do teleférico.
A SuperVia informou que até chegar à operação plena, em novembro, as filas vão diminuir. Destacou ainda que, devido à grande procura pelo serviço, foi reforçada a segurança dentro e nas proximidades das estações para auxílio no embarque e desembarque dos passageiros. Além disso, informações estão sendo passadas por áudio nas estações e nas gôndolas sobre a obrigatoriedade de embarque nos terminais do Morro das Palmeiras e de Bonsucesso.
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