Os juízes federais de todo o Brasil vão paralisar as atividades no próximo dia 27 de abril. De acordo com o presidente da Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Gabriel Wedy, as medidas de urgência, como prisões, habeas corpus, decisões que fornecem leitos hospitalares e remédios à população, serão mantidas.
Em assembleia na última quinta-feira (25), os associados da Ajufe decidiram fazer uma paralisação de apenas um dia em vez de uma greve nacional por tempo indeterminado. O resultado foi anunciado nesta segunda-feira (28). Essa será a primeira paralisação nacional da categoria. “Esse é um momento delicado, mas importante para a magistratura brasileira e para a sociedade", afirmou Wedy.
Os magistrados reclamam da falta de segurança e da grande quantidade de ameaças de morte recebidas nos últimos anos. Eles também reivindicam revisão do teto constitucional remuneratório do funcionalismo público, o cumprimento de decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que garante a simetria entre os regimes jurídicos do Ministério Público Federal (MPF) e da magistratura federal.
“Tivemos apenas uma revisão [do teto salarial] de 8% nos últimos seis anos. Lutamos para criar o teto, abrimos mão de gratificações e de adicionais por tempo de serviço”, disse o presidente da associação.
De acordo com Wedy, os juízes federais recebem R$ 20 mil mensais de salário bruto. “Com todos os abatimentos, temos entre R$ 11 mil e R$ 12 mil de renda líquida. Queremos um reajuste de 14,8% sobre o valor bruto, isso resultaria em R$ 13,5 mil".
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