A professora aposentada Rosemary de Morais, de 56 anos, que luta na Justiça pelo reconhecimento da paternidade de José Alencar lamentou a morte do ex-vice-presidente. Ela disse que ficou sabendo da notícia pela televisão.
“Quando vi o plantão eu já imaginava. Como qualquer pessoa, eu já estava esperando por isso, mas me assustei”. A aposentada ainda completou: “Ele já não estava bem. Acabou o sofrimento dele.”
Perguntada se pretende dar sequência ao processo para o reconhecimento oficial de paternidade, o que, consequentemente, daria a ela direito à parte na herança, Rosemary não foi direta na resposta. No entanto, deu a entender que pretende, sim, continuar lutando.
“Eu não vou responder. Vamos aguardar os acontecimentos, pois eu tenho os meus direitos. Tudo o que tinha de falar, eu já falei. Gostaria que a imprensa fosse até a família e perguntasse para eles o que vão fazer. Fiz tudo o que tinha de fazer enquanto ele estava vivo. Minha parte eu cumpri até o fim”, concluiu.
Entenda o caso
Alegando ser filha do então vice-presidente José Alencar, a professora aposentada Rosemary de Morais entrou na Justiça, em 2000, solicitando um exame de DNA para que a paternidade fosse reconhecida oficialmente. O processo se arrastou por dez anos. Somente no dia 21 de julho de 2010, a 15 dias de prazo para apresentação de recurso, o juiz José Antônio Oliveira Cordeiro, da Vara Cível de Caratinga, no Vale do Rio Doce, decretou a sentença favorável à professora.
A decisão do magistrado foi baseada em depoimentos de testemunhas e outras provas anexadas ao processo, uma vez que José Alencar negou-se a fazer o exame de DNA.
Segundo Rosemary, foi a mãe, Francisca Nicolina de Morais, quem revelou, em 1996, que ela seria filha de José Alencar. O relacionamento entre os dois teria acontecido numa época em que nenhum deles era casado.
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