Dois assassinatos brutais levaram à prisão de três pessoas, na última quinta-feira, em Petrópolis. Luiz Felipe Ioras seria o mandante da morte do pai, Hercílio Ioras, de 79 anos, e da filha, Patricia Ioras, de 18, no bairro Quitandinha, em agosto de 2009. Segundo o delegado Fabio Pacífico, titular da 105 DP (Petrópolis) Luiz Felipe extorquia dinheiro do pai, economista aposentado do Banco Central, para comprar drogas.Com Luiz Felipe, foram indiciados Edson Ferreira, o suposto assassino, e a companheira de Edson (com quem tem um filho), Selma de Souza. Ela havia casado com Hercílio uma semana antes do crime, e então, foi ao cartório pedir para ser incluída como cônjuge da vítima na certidão de óbito.
Segundo os depoimentos, na manhã do crime, Patricia dormia com o namorado, Pedro (ele prefere não dar o sobrenome), de 19 anos. Um encapuzado (que seria Edson, pelo reconhecimento de Pedro), invadiu o apartamento, dominou o casal e forçou-os a consumir cocaína e duas garrafas de vodca.
Hercílio chegou ao apartamento, foi agredido e morreu de enfarte na hora. A jovem não resistiu ao alto consumo de drogas, e o namorado, mesmo com o pulso cortado, sobreviveu. Ele não conseguiu ligar para a polícia, pois o fio do telefone estava cortado. Mesmo quase sem consciência, pelo sangramento e consumo de drogas, conseguiu pedir ajuda a vizinhos.
O trio foi indiciado pelos dois homicídios triplamente qualificados (por motivos torpe e fútil e sem dar chance de defesa). A pena, para cada crime, vai de 12 a 30 anos de prisão. Vão, também, responder por formação de quadrilha, com pena de um a três anos.
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