A Globo vai propor, além de mais dinheiro do que paga hoje, o estreitamento do que chama de parceria entre a emissora e os clubes. E que essa parceria já dura mais de uma década. Vai lembrá-los que sua audiência é quase três vezes maior do que a da Record, portanto, frequentar a programação da emissora é mais negócio para os clubes em termos de imagem e exposição.
O Clube dos 13 aposta também que o CADE vetará qualquer negociação direta entre as partes. Argumenta que o acordo assinado no ano passado lhe dá plenos poderes para a negociação.
A Globo tem, naturalmente, outra visão. Considera que as duas principais exigências do CADE podem ser cumpridas quando sentar-se à mesa com os clubes: um acordo sem cláusula de preferência para nenhuma emissora e que seja dividido por plataformas (TV aberta, fechada, pay per view etc.). Conselheiros do CADE afirmam que uma negociação direta não é proibida, mas que analisarão os eventuais contratos fechados atenciosamente.
Outro argumento do Clube dos 13 é de que a suposta conta da Globo não fechará. Se ela não quer pagar os 500 milhões de reais estabelecidos no edital para a TV aberta, como pagaria mais a cada um dos clubes? A Globo não diz publicamente, mas os tais 500 milhões de reais não seriam o grande problema – embora, também o seja. O que de fato a Globo não admite são outras condições que aparecem no edital do Clube dos 13.
A emissora carioca, por exemplo, não aceita que as imagens sejam geradas pelo Clube dos 13. Não admite que a transmissão pela internet possa acontecer com um delay de apenas 45 minutos após o início da partida (mataria o pay per view, alega a Globo). Não aceita ainda que os direitos das imagens geradas passem a ser propriedade do Clube dos 13 – e não dela, como é hoje.
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