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terça-feira, 13 de julho de 2010

Bola diz no GRE que já matou dois

O ex-coordenador do Grupo de Resposta Especial (GRE), considerada a tropa de elite da Polícia Civil, Júlio César Monteiro de Castro, de 43 anos, defendeu-se das acusações de que teria assinado os certificados de cursos ministrados pelo homem acusado de executar a ex-namorada do goleiro Bruno, Eliza Samudio.
Ontem, em uma entrevista coletiva à imprensa, Monteiro fez acusações contra Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola e Paulista. Segundo ele, Bola confessou o assassinato de dois homens, em 2008.
O crime, segundo o ex-líder do GRE, teria acontecido no mesmo local usado pela Polícia Civil, entre 2008 e 2009, para treinamentos: a conhecida "casa de matar", um terreno de 30 mil metros quadrados em Esmeraldas, na região metropolitana da capital, de propriedade de Bola.
Ainda de acordo com o policial civil, que hoje está lotado na Delegacia Regional Noroeste, em Belo Horizonte, Bola e três comparsas, integrantes do GRE, teriam se gabado da execução das vítimas. Algemados, os dois homens foram obrigados a ficar nus enquanto eram atacados por cães. Esquartejados, os corpos ainda foram queimados. O crime teria sido cometido pelo simples fato de Bola e os três comparsas terem visto problemas na ficha criminal das vítimas, encontradas por acaso na região, onde tinham ido adquirir um terreno.
A confissão do assassinato, segundo Monteiro, motivou as denúncias feitas por ele à Corregedoria da Polícia Civil, em meados de 2008. Desde então, disse o policial, o grupo passou a treinar em outro local. Cerca de 1.500 homens receberam instruções técnicas do GRE, no terreno. Dentre eles, 120 são agentes penitenciários.
Contrariando as fotos publicadas com exclusividade pelo Super Notícia, que mostram Bola usando a mesma farda dos policiais em treinamento e liderando os agentes nas aulas de tiros e adestramento de cães, Júlio Monteiro disse que o ex-policial jamais ministrou cursos.
Segundo o inspetor, Bola era responsável, apenas, pela limpeza do terreno e pela filmagem dos treinamentos. "Todos os cursos ali ministrados eram legais", disse. "Aquele uniforme é parecido, mas não é o oficial do GRE", completou. Segundo o inspetor, Bola teria adquirido o uniforme por conta própria. O ex-chefe do GRE afirmou que só soube da exoneração de Bola dos quadros da Polícia Civil, ocorrida em 1992, por falta de idoneidade, moral e disciplina, em meados de 2008, cerca de oito meses após a frequência constante do suspeito entre membros do GRE.
Oito inquéritos contra policiais
Em reportagem publicada ontem, o Super Notícia denunciou que todos os policiais que participaram do treinamento teriam que pagar R$ 300. O ex-chefe do GRE nega. “Apenas agentes penitenciários pagavam essa taxa e tudo isso foi autorizado pelo governo”.
De acordo com a Polícia Civil, as denúncias no ano passado resultaram na instauração de oito inquéritos policiais e seis sindicâncias administrativas. Em nota, a polícia informou que relatórios encaminhados à Justiça confirmam a participação de servidores no uso irregular de equipamentos, veículos, armas e munições da instituição, entre outras infrações.
InvestigaçõesAté agora, 45 pessoas já foram ouvidas, incluindo Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. O inquérito sobre o desaparecimento de Paulo César Ferreira e Marildo Dias de Moura, as vítimas que Bola e outros comparsas teriam executado, foi instaurado em novembro do ano passado. Ontem, o corregedor geral da Polícia Civil, Geraldo Morais Júnior, solicitou as imagens onde Bola aparece ministrando cursos a homens fardados com o uniforme do grupo especial.
A Comissão de Direitos Humanos realiza hoje uma audiência para discutir as denúncias contra o GRE.
InquilinoAo contrário dos vizinhos, que temiam o ex-policial civil Marcos Aparecido Santos, o Bola, a antiga dona do sítio que ele alugava para treinamento de policiais o tinha como um inquilino exemplar. A empresária Silésia Botelho Fonseca, que vendeu a propriedade no bairro Coqueirais, em Esmeraldas, há cerca de um ano, disse que Bola foi seu inquilino por cerca de dois anos. “Nunca suspeitei que o Marcos fosse um criminoso. Comigo ele sempre foi muito educado e atencioso”, diz.

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