Brasileira assassinada em Milão pode ter sido vítima de rede de tráfico humano

O Jornal Corriere della Sera publicou um denúncia nesta quarta-feira (28) onde um membro da associação de voluntários Segnavia afirma que a brasileira encontrada morta nessa terça-feira (27) em um apartamento em Milão, pode ter sido de tráfico humano.
Segundo a denúncia, ela pode ter sido vítima de uma gigantesca rede de tráfico humano que supriria cerca de 50% do mercado de prostituição "caseira" na metrópole italiana.
Valerio Pedroni, responsável pela denúncia, garante que havia entrado em contato com a prostituta de 45 anos. Ele afirmou que a prostituta havia sido contatada por meio de um site que oferece serviços de acompanhantes em Milão.
Nesses sites, as prostitutas seriam recrutadas diretamente no Brasil pelos operadores do esquema. Elas chegariam à Itália com dívidas de cerca de 15 mil euros. Como a maioria das meninas são pobres e advindas de favelas de São Paulo, da Bahia e de Minas Gerais, precisariam pagar as despesas prostituindo-se.
Autoridades afirmam que esse tipo de prostituição é o mais difícil de ser combatido, por não ter as mulheres expostas nas ruas.