Adolescentes que mataram amiga em São Joaquim de Bicas serão ouvidas nesta quinta em fórum de Igarapé

A primeira audiência com as duas adolescentes de 13 anos que mataram a amiga de 12 anos em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte, com requintes de crueldade, está agendada para esta quinta-feira (21). Segundo a Polícia Civil, a audiência será no Fórum de Igarapé, também na Grande BH, com o Ministério Público. Será a primeira vez que as jovens serão ouvidas por um juiz.

De acordo com a polícia, na terça-feira (19), a mãe e o padrasto de uma das suspeitas foram ouvidos. Novas testemunhas também prestarão esclarecimentos até o fim da semana.

Conforme informações da polícia, o corpo da adolescente morta ainda passa por perícia, mas deve ser liberado do Instituto Médico Legal (IML) até a semana que vem.

A adolescente de 12 anos foi assassinada na Mata do Japonês, em São Joaquim de Bicas. De acordo com a polícia, testemunhas contaram que a jovem e as duas suspeitas frequentavam a casa uma das outras e que um dia antes do crime, teriam saído juntas e até dormido no mesmo imóvel.

Conforme informações da polícia, as adolescentes envolvidas no crime contaram que não queriam matar a amiga, que a intenção era apenas assustá-la e ameaçá-la para que não repassasse a traficantes informações sobre os namorados delas, que seriam integrantes de gangues rivais. Elas teriam levado a jovem até a Mata do Japonês alegando que haveria um jogo de futebol no local.

As garotas contaram que durante o suposto susto, uma delas colocou uma faca no pescoço da vítima, que se moveu e acabou sendo perfurada. Como percebeu que estava ferida e tentou fugir, a adolescente foi atingida com um golpe de faca nas costas e agredida até a morte no rosto e na região da cabeça com uma barra de ferro, que também teria sido levada para uso nas ameaças.

Após o crime, a polícia informou que a dupla cortou um dedo do pé e retirou o coração da adolescente e os enrolou em uma folha de caderno. Elas disseram que fizeram isso, pois estavam sendo ameaçadas de morte e para que as mães acreditassem contariam que as partes do corpo eram de um traficante envolvido nas ameaças. Temendo as reações, as garotas contaram que desistiram da ideia e pediram ao irmão de uma delas, um menino de 8 anos, para que enterrasse os restos mortais, alegando que o coração era de um porco e que o dedo era plástico. As jovens disseram ainda que queimaram as roupas sujas de sangue.

O corpo da vítima foi localizado no dia 07 de junho.  O padrasto da adolescente reconheceu a garota pelas roupas, pois o corpo estava em estado de decomposição, com o rosto desfigurado. A mãe dela contou que deu queixa do desaparecimento da jovem no dia 29 de maio, após ela ir passar o fim de semana com as adolescentes envolvidas no caso e não retornar a residência. O crime teria ocorrido no dia 27/05.