Uma quadrilha formada por doze ciganos foi presa nessa quinta-feira (28) em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. O grupo foi detido durante a realização da “Operação Romani”. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos aplicavam golpes vendendo edredons para pessoas humildes, que faziam o pagamento com cartão de crédito sem saber usá-los da forma correta. Segundo as investigações, sempre bem vestidos e acompanhados de crianças, os ciganos abordavam as vítimas e, na hora de finalizar a compra dos edredons, digitavam valores maiores que o real da compra na máquina do cartão de crédito. A polícia recolheu vários cupons de compra que comprovam o crime. Em alguns casos, a quadrilha garantia para os clientes que só faria uma consulta para ver o saldo do cartão, mas finalizava a transação. Doze máquinas de cartão de crédito sem fio foram apreendidas.
Os ciganos foram localizados em uma pousada da zona Norte da cidade e costumavam transportar os edredons em onze caminhonetes com placas de Americana, Franca e Campinas, no interior de São Paulo, e de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte. Todos os veículos, avaliados em pelo menos R$ 1 milhão, foram apreendidos.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, há indícios de que a quadrilha agia também em outros municípios mineiros, além dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Segundo a delegada Sheila de Oliveira, que comandou a ação, os criminosos deverão ser autuados pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha.
A ação policial foi denominada de “Operação Romani” em referência ao dialeto dos povos nômades, popularmente, conhecidos como ciganos.
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