Hora do almoço e quem não gosta de um bom pedaço de carne para acompanhar o cardápio. Para o brasileiro é assim. “Comer sem carne é ruim demais”, afirma um consumidor, entrevistado pelo jornalismo do Super Canal.
E o compromisso de manter a carne na mesa todos os dias, não é tão simples. Em 2010, o consumidor teve que conviver com o desafio de enfrentar as muitas variações de preço da carne bovina. “Em 2010 o preço da carne variou muito. O consumidor está sempre na expectativa e perguntando se os preços não vão abaixar”, afirma o açougueiro Reginaldo Gomes.
Para o consumidor, a opção é dar um jeitinho. “A jornalista Milena Martins pergunta ao consumidor: Dá para comer carne todos os dias? ele responde: Não, mas a gente dá um jeitinho”, afirma.
Jeitinho de brasileiro que vai ter que continuar ajudando na elaboração do cardápio diário. O companheiro do arroz com feijão vai continuar subindo de preço no varejo. A afirmação é dos produtores que informam que as tabelas de preço da carne bovina vão manter a trajetória de alta recorde de 2010, em razão da forte demanda mundial e do crescente aumento dos custos de produção. Um dos custos que tem elevado os preços nos últimos 12 meses está ligado aos valores de insumos, como soja e minerais, utilizados para alimentação de gados. O proprietário de loja de ração da cidade confirma: um saco de 50 quilos de ração mineral, que no mesmo período do ano passado, custava R$ 35 reais, hoje, está sendo comercializado a R$ 60 reais, quase o dobro do preço. “O preço do mineral aumentou muito. A farinha de soja, também está com preço muito elevado, se comparado ao mesmo período do ano passado. Até o milho teve aumento de preço. Tudo isso é utilizado como matéria prima para alimentação do gado”, afirma o empresário Paulo César.
Altas que tem impacto direto nos preços da carne innatura. E Paulo afirma, a tendência é que estes continuem em elevação. “Com certeza a alta destes produtos influencia no preço não somente da carne, mas do leite também. E a tendência é o preço dos insumos aumentarem ainda mais”, revela.
Essa pode ser a explicação da movimentação intensa no açougue. O consumidor comprar aos poucos, somente o necessário para a refeição do dia. “Todo dia alguém vem comprar carne. Compra um quilo em um dia. Um pouco mais no outro”, revela o açougueiro.
E foi a carne que contribuiu para que o grupo Alimentação como um todo subisse 12,20% em 2010 e respondesse por 2,65 pontos porcentuais de toda a variação do Índice de Preços ao Consumidor. Os alimentos, segundo economistas, devem continuar pesando no bolso dos brasileiros neste ano.
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