PF deflagra operação para prender policiais civis e militares do Rio

A Polícia Federal desencadeou, na manhã desta sexta-feira, uma operação que tem como alvo policiais civis e militares do Rio. A ação, batizada de “Operação Guilhotina”, tem apoio da Secretaria de Segurança e do Ministério Público e visa cumprir 45 mandados de prisão preventiva - 11 contra policiais civis e 21 contra policiais militares - e 48 de busca e apreensão. A “Guilhotina” começou a ser planejada depois da constatação do vazamento de informações na Operação Paralelo 22”, da Delegacia de Polícia Federal em Macaé. Na ocasião, o objetivo era prender o traficante conhecido como Roupinol, que atuava na Favela da Rocinha junto com Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem. A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas: uma da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança e outra da Superintendência da Polícia Federal do Rio. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto desta manhã.

Segundo as investigações, os policiais militares e civis acusados e também informantes formavam um grupo criminoso envolvido com o tráfico de drogas, armas e munição; com a segurança de pontos de jogos do bicho; com a venda de informações policiais; e com milícias. Além disso, a quadrilha se dedica ao chamado “espólio de guerra”: a subtração de produtos de crime encontrados em operações policiais. Isso ocorreu recentemente, durante a ocupação, do Complexo do Alemão. As forças estaduais destacaram hoje 200 homens, além de dois helicópteros e quatro lanchas. As equipes da Polícia Federal empregam um efetivo de 380 homens.

Duas delegacias da Polícia Civil foram vistoriadas. Na 17ª DP (São Cristóvão), os agentes não teriam encontrado nada. Na 22ª (Penha), foi apreendida uma caixa de munição e uma policial deixou o local com os agentes. Um sargento foi preso na Taquara, onde também foram apreendidos R$ 1,8 mil e um fuzil. Na Rua Araguari, em Ramos, duas casa e uma academia foram revistadas. Houve buscas, também, na casa do delegado Carlos Antônio Luiz de Oliveira, que é ex-subchefe de Polícia Civil. Ele não foi encontrado e já é considerado foragido.