Ex-presidente de cooperativa de crédito de Juiz de Fora é investigado por suspeita de estelionato

O ex-diretor presidente da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Bancários de Juiz de Fora (Cocban) tem até esta sexta-feira (28) para comparecer à delegacia para prestar depoimento sobre a suspeita de estelionato. O aposentado, 57 anos, é suspeito de se aproveitar do cargo para aplicar golpes em cooperados, que tiveram prejuízo estimado em mais de R$ 5 milhões nos últimos anos. Segundo a Polícia Civil, o caso é investigado desde março e o homem já foi intimado várias vezes e se não aparecer espontaneamente, terá a prisão preventiva decretada.
De acordo com o titular da 7ª Delegacia Distrital da Polícia Civil, delegado Rodolfo Rolli, o suspeito atraía novos associados para investir dinheiro na cooperativa, com a promessa de boa rentabilidade, mas ele não cumpria o combinado e o dinheiro ia diretamente para as próprias contas. Segundo o policial, o aposentado assinava cheques com valor maior do que o investido pelos novos cooperados e entregava às vítimas, como forma de garantia do dinheiro aplicado, no entanto, os cheques eram sem fundo, e, em algumas situações, as contas bancárias já haviam sido encerradas.
Ainda segundo o delegado, até agora, seis vítimas foram identificadas. Uma delas, de Belo Horizonte, teve prejuízo de R$ 40 mil. Segundo Rodolfo Rolli, outros cooperados podem ter caído no golpe. Ainda de acordo com as investigações, o suspeito usou um cheque do atual presidente da cooperativa para aplicar o golpe.
O suspeito assumiu a presidência da cooperativa em 2004 e, desde março deste ano, não foi mais visto na cidade. Se comprovadas as suspeitas, o aposentado pode responder pelo furto do cheque do atual presidente da cooperativa, além de falsidade ideológica e estelionato. O delegado finalizou ainda que o inquérito policial será encerrado nesta semana.