Acostumado a defender, Julio Cesar partiu para o ataque e elegeu seu primeiro inimigo na África do Sul: a bola da Copa do Mundo. A Jabulani, nome oficial do produto feito pela Adidas e vendido por cerca de R$ 400 no Brasil, foi definida simplesmente como horrorosa pelo goleiro após o treino com bola realizado na Randburg High School, em Joanesburgo.
- A bola da Copa é horrível, horrorosa. Parece com aquelas bolas que você compra em supermercado – declarou o goleiro na coletiva desta sexta-feira.
O camisa 1 da seleção disse ainda que o futebol está sempre mudando para beneficiar quem ataca. Ou seja, o goleiro sempre se dá mal no fim.
- Todo mundo quer ver gol. Aí a bola muda, tem gente que vai bater pênalti e dá salto mortal, cambalhota... Sem contar a barreira, que o adversário põe três jogadores de cada lado para atrapalhar o goleiro. A falta já favorece o outro time, ainda fazem isso... Mas quem mandou escolher essa profissão - reclamou, ainda que de bom humor.
Ainda no início da preparação da seleção brasileira para o Mundial, no CT do Caju, em Curitiba, o atacante Nilmar já havia comentado sobre o que os goleiros estavam achando da Jabulani. Para ele, no entanto, a bola é boa.
- Para os atacantes a bola é boa, rápida, mas os goleiros não gostaram muito não – comentou o jogador do espanhol Villarreal.
Como não é possível mudar a bola da Copa do Mundo, Julio Cesar e os outros goleiros da seleção brasileira, Gomes e Doni, vão ter de se adpatar. E para ajudar nisso estará o preparador de goleiros do Brasil, Wendel Ramalho.
- O problema é no chute mesmo, na trajetória. Mas se dá um jeito – simplificou.
A seleção brasileira volta a treinar na tarde desta sexta-feira, no parque de golfe em que fica a concentração, mas apenas fisicamente.
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