O repórter Francho Barón, do jornal espanhol El País, disse que foi ameaçado ao tentar entrar na favela carioca do Morro dos Macacos. O jornalista esteve no local na última terça-feira (20), em meio a uma guerra pelo tráfico de drogas da região.
Com o título "Se quiséssemos, você já estaria morto", o repórter conta na matéria de capa do jornal que quando chegou no morro, por volta das 15h da terça, apenas uma patrulha da PM estava no acesso principal da favela. De acordo com Barón, um policial disse que, aparentemente, tudo estava tranquilo no morro. Eles teriam dito também que não poderiam garantir nada e a entrada seria por responsabilidade do jornalista.
O repórter entrevistou alguns moradores sobre os conflitos do fim de semana. Em seu relato na reportagem do jornal, ele diz ter sido abordado por um grupo de homens armados com pistolas automáticas e fuzis. Ao se identificar como jornalista, ele disse ter sofrido ameaças. "Se é um desses jornalistas que mandam reportagens sobre nós... vai se preparando", disse um dos homens.
O repórter mostrou aos homens, sob a mira das armas, o conteúdo de entrevistas no seu gravador digital para não ser morto. Um homem, que segundo ele parecia ser o comandante do tráfico local, pegou seu celular e o gravador. Logo depois ele foi liberado.
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