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terça-feira, 3 de julho de 2012

Após oito dias, africana recebe documento para voltar ao Níger

RIO - A nigerina Hadijatou Aboubacar Anadou finalmente conseguiu documentos e vai voltar para o seu país. Funcionária do Ministério da Educação do Níger - país africano ao norte da Nigéria -, ela veio participar da Rio+20 e, no dia 23 de junho, véspera de voltar para casa, teve dinheiro, cartão e documentos, inclusive passaporte, roubados durante um passeio ao Shopping Rio Sul. Às 18h desta segunda-feira, um “laissez-passer”, espécie de passaporte de emergência, chegou à casa onde a nigerina está hospedada, na Zona Norte. Este documento garante que ela possa fazer todo o percusso, que conta com escalas, sem ter problemas. Ao ver o passaporte o semblante da nigerina mudou completamente. Ela passou do choro ao riso em segundos.

- Ela está super feliz. Não vê a hora de embarcar logo. Já até começou a fazer as malas. Ela até parou de chorar e já está brincando, rindo... - contou a tradutora Elida Hederick Vieira, em cuja casa a africana está hospedada.
Na terça-feira, Hadijatou planeja acordar cedo para terminar de arrumar as coisas e se despedir melhor da sua nova amiga brasileira. O voo está marcado para a tarde.
Após ter os documentos roubados no sábado, Hadijatou foi no domingo à delegacia do Aeroporto Internacional Tom Jobim e registrou a ocorrência. Mas, apesar de estar com a cópia do passaporte, foi impedida pela companhia aérea Alitalia de embarcar no voo, como fizeram outros integrantes da delegação de seu país. Desesperada e chorando muito, Hadijatou foi amparada por Elida, que estava no aeroporto acompanhando outros estrangeiros que participaram da conferência.
A companhia aérea não autorizou que Aboubacar entrasse no voo, que teria escala na Itália, pois corria o risco de ser parada na imigração local. Preocupados com ela, os demais integrantes da delegação chegaram a juntar todo o dinheiro que tinham nos bolsos - cerca de R$ 150 - e deram à africana.
Sem ter para onde ir, a mulher ficou vagando pelo aeroporto, chorando, até ser encontrada por Elida, que quis saber o motivo do desespero. Comovida com a história, a tradutora não pensou duas vezes e convidou a africana para ficar em sua casa, mesmo sob o alerta de funcionários do Galeão, preocupados por ela ser estrangeira e desconhecida.
— Eu não podia deixá-la sozinha, sem dinheiro e documentos, no aeroporto. Fiquei pensando que eu também poderia passar por isso, e gostaria que alguém me ajudasse.
O Níger não tem representação no Brasil. Na quarta-feira, Elida ainda foi com Aboubacar ao Itamaraty, mas funcionários teriam informado que o órgão está em greve e que nada poderiam fazer. Elas foram recebidas pelo consultor jurídico Claudio Roberto Herzfeld, que alegou não ser a função dele, mas deu um documento para a tradutora informando que, para fins legais, ela esteve no órgão acompanhada da estrangeira. Para Elida, o documento também é uma prova de que o Itamaraty sabe do problema vivido por Hadijatou.
Segundo o Itamaraty, a instituição é responsável apenas por cidadãos brasileiros. Como eles só poderiam prestar ajuda diplomática a Aboubacar, entraram em contato com sua embaixada nos Estados Unidos, que enviou, por email, um “laissez-passer”, espécie de passaporte de emergência. Mesmo assim, na ocasião, a Alitalia não permitiu que ela embarcasse porque o documento não era original.
A estrangeira contou para Elida que chegou a procurar o comitê organizador da Rio+20, mas eles não teriam oferecido ajuda nem orientação. O mesmo teria ocorrido na Secretaria municipal de Assistência Social.


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