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domingo, 4 de outubro de 2009

PF indicia dois suspeitos de fraudarem o ENEM

A Polícia Federal indiciou nesse sábado dois suspeitos de fraudarem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Um terceiro suspeito ainda é procurado pelo órgão, que já considera o inquérito em fase de conclusão após 72 horas de investigações.
Segundo a PF, os dois indiciados são os homens que tentaram vender as provas do exame para a reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, que denunciou a fraude ao Ministério da Educação (MEC). O terceiro suspeito seria funcionário do consórcio Connassel, contratado para organizar e coordenar a aplicação das provas.
Os dois suspeitos prestaram depoimento na superintendência regional da PF em São Paulo na tarde desse sábado e foram liberados em seguida. Segundo a PF, não é necessário pedir a prisão preventiva da dupla.
Durante o depoimento os dois suspeitos teriam confessado que, juntamente com o outro envolvido, planejaram vender as provas para algum jornal e "levantar dinheiro". A PF avaliou a ação do trio como "um grupo amador".
A PF espera que até esta segunda-feira o terceiro suspeito se apresente. Caso contrário, será pedido formalmente à Justiça Federal mandados de busca e prisão. Ainda não se sabe se ele era segurança do consórcio ou se tinha a função de coordenar o manuseio dos cadernos de questões.
Também não se sabe ainda se ele teria agido sozinho ou com o auxílio de algum superior dentro do Connassel. A PF espera descobrir se ele conseguiu as provas "no exercício do cargo" ou se a furtou sob a cumplicidade de outro funcionário da empresa.
Os dois suspeitos foram enquadrados no artigo 325 do Código de Processo Penal, que define o crime de violação de sigilo funcional (revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em silêncio). Se condenados, eles podem ser ter pena que varia entre seis meses e dois anos de reclusão.

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