Uma hora após o anúncio da demissão de Joel Santana do comando da seleção da África do Sul, o GLOBOESPORTE.COM conversou pessoalmente com o técnico brasileiro na recepção do apart hotel onde ele mora, em Joanesburgo. Joel disse que ainda não está autorizado pela Federação de Futebol Sul-Africana (Safa) a dar entrevistas, mas procurou não mostrar abatimento com a decisão. - Estou tranquilo, numa boa - afirmou. Joel explicou que foi pego de surpresa com a demissão. Ele contou que esteve nesta segunda-feira na sede da Safa para analisar os amistosos contra Noruega e Islândia - em ambos a África do Sul foi derrotada por 1 a 0 fora de casa. Logo após deixar o local, ele recebeu uma ligação para que retornasse à Safa, quando foi comunicado que não era mais o treinador da seleção. Um outro indício de que a rescisão de contrato não estava planejada é que a própria federação divulgou uma nota oficial, na semana passada, lamentando as especulações em torno do futuro de Joel e garantindo que só tomaria uma decisão após os dois últimos amistosos do ano, em novembro, contra Jamaica e Japão. Joel não quis falar sobre seu futuro, mas a mulher dele, Lilian, fez suspense. - Anota aí: ele estará na Copa, de um jeito ou de outro - disse ela. O GLOBOESPORTE.COM também esteve com o auxiliar-técnico Jairo Leal, que, por enquanto, está mantido no cargo. Jairo, que estava acompanhado do irmão e técnico Julio César Leal, também não quis dar entrevistas e disse que só falaria após o anúncio do novo treinador.
A permanência dele, no entanto, pode ser um sinal da volta de Carlos Alberto Parreira, que comandou a África do Sul, ao lado de Jairo, antes de pedir demissão no início de 2008 e indicar Joel para o seu lugar. A Safa pretende anunciar o novo treinador dos Bafana Bafana até sexta-feira.
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