Uma moradora de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, vai acionar a Justiça depois de encontrar um rato morto dentro de um pacote de arroz. Segundo a dona de casa, de 50 anos, o animal exalava um forte cheiro e estava em uma cesta básica oferecida pela empresa que ela trabalhava. Segundo ela, o responsável pela fabricação do alimento, a Irmãos Niemeyer e Cia Ltda, localizada no Rio Grande do Sul, teria se recusado a indenizá-la e sugeriu que ela procurasse seus direitos.
Conforme a dona de casa, no dia 30 de agosto ela recebeu a cesta básica e, ao abrí-la, tomou um susto ao encontrar o rato. "Assim que vi o pacote já senti o mau cheiro", conta. Ela procurou a responsável por oferecer o alimento aos funcionários, a empresa Super Limp Serviço Terceirizado, que presta serviço para o Itaú Power Shopping, e foi orientada a entregar o pacote para que a empresa pudesse tomar as medidas cabíveis.
Conforme a Super Limp, a ex-funcionária se recusou a mostrar o arroz e ainda discutiu como uma das representantes, alegando que "ela agia feito urubu na carniça". Por entender que a dona de casa expôs o nome da empresa sem que a Super Limp pudesse ajudá-la a resolver o problema, a direção preferiu desligar a mulher do quadro de funcionários. A dona de casa estava em período de experiência e foi devidamente ressarcida pelos dias trabalhos.
Segundo a moradora de Contagem, ela chegou a procurar a empresa responsável pela distribuição do arroz, a Irmãos Niemeyer e Cia Ltda, localizada no Rio Grande do Sul, e pediu que fosse indenizada. O gerente da empresa teria se recusado a negociar com a consumidora e pediu que um representante da marca fosse até a casa dela para confirmar a denúncia. “Quando o representante chegou na minha casa ele disse que era para eu arrumar uma testemunha e abrir o pacote na frente dele. Eu falei que não ia abrir o pacote e ele foi embora”, conta. No entanto, conforme a gerência da empresa, esse tipo de procedimento é feito na presença de um policial e serve para comprovar o fato e mediar a decisão da empresa.
Segundo a dona de casa, ela procurou novamente a direção da Niemeyer e ameaçou entrar na Justiça. “O dono me disse que ia me dar um fardo de arroz e, como falei que não precisava e queria a indenização em dinheiro, ele me disse para eu procurar meus direitos”, conta.
A dona de casa acionou a Vigilância Sanitária de Contagem e abriu um procedimento para que o órgão tomasse as devidas providências. Nesta terça-feira (27), ela foi até o Procon e levou fotos para que fossem anexadas ao processo. “Já procurei um advogado e ele vai entrar na Justiça. Sou uma consumidora e sei dos meus diretos”, conta ela.
O gerente da Irmãos Niemeyer e Cia Ltda recebeu, via e-mail, a foto que comprova a presença do rato e afirmou que vai procurar a dona de casa para negociar.
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