Cerca de trinta projetos foram colocados em votação na casa legislativa na reunião desta última terça-feira (15/03). Todos aprovados. Dentre eles, o projeto de reajuste salarial de servidores com base no piso nacional do salário mínimo, fixado em R$ 545. E o aumento de salário dos vereadores, um reajuste de cerca de 12%, com o aumento cada legislador receberá R$ 5.548,30.
O encontro também gerou troca de farpas entre os vereadores representantes do distrito de Sapucaia, João Angola e o líder de governo Cleider Costa. Angola usou a tribuna para falar da situação lamentável na zona rural do distrito. Pontes quebradas, alunos obrigados a caminhar para se conseguir chegar até à escola e diante do descaso do poder executivo para tantos problemas, o vereador solicitou do líder de governo apoio para expor os problemas ao prefeito João Bosco Pessine, alegando que seu acesso é mais fácil.
O vereador Cleider não gostou do tom do pronunciamento do colega vereador e fez uso do mesmo espaço para parabenizar Angola pelo trabalho na Câmara, alegando que “por cerca de oito anos como vereador nunca fez nada e agora resolveu trabalhar. Os oito anos foram votos perdidos aos eleitores, assim como os cerca de 22 anos de vida pública”.
Em entrevista ao Super Canal, Angola destacou que foi agredido com as palavras do vereador e foi além “se o prefeito permitir eu mesmo vou construir as pontes na localidade, com meu recurso e meu trabalho. Pois eu faço”. Cleider Costa preferiu sair sem falar com a imprensa.
SILÊNCIO ABSOLUTO
Mas o silêncio e ausência de um tema se fizeram presentes neste encontro do poder legislativo, contrariando as expectativas de caratinguenses, que aguardavam um posicionamento do poder legislativo quanto a denúncia de destaque em todo o estado mineiro de loteamento de cargos envolvendo o prefeito João Bosco Pessine e mais quatro partidos políticos.
Nenhum vereador comentou a questão durante a reunião. O jornalismo do Super canal indagou o vereador Emerson sobre as declarações publicadas pelo Jornal Estado de Minas na semana passada, quando o legislador anunciou a criação de uma comissão para analisar o caso. Emerson informou que a decisão está nas mãos do presidente da Câmara, o vereador Mestre. Salientando ainda “só depende dele agora”.
Questionado sobre a questão, o vereador Mestre desmentiu e disse que nenhum processo ou encaminhamento chegou em suas mãos e destacou que pediu transparência dos vereadores, prometendo que se for pedida a criação de uma comissão para o caso ele irá imediatamente analisar o pedido e jamais engavetar a discussão.
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