O Ministério Público Estadual instaurou uma nova investigação contra o prefeito de Caratinga João Bosco Pessine, desta vez será investigada a suspeita de enriquecimento ilícito.Conforme publicado pelo jornal A Semana, a representação foi feita pela Câmara de Vereadores Voluntários de Caratinga, através de seu presidente, Luiz Carlos Vicente, o Van Gogh. O ofício foi enviado ao Ministério Público no dia 29 de setembro deste ano, solicitando investigação sobre indícios de enriquecimento ilícito do prefeito.
Há a suspeita de como João Bosco apesar de ter enfrentado sérios problemas financeiros nos anos que antecederam sua eleição a prefeito, em um curto espaço de tempo, tenha conseguido saldar dívidas c obradas judicialmente por seus credores.
As informações obtidas por Van Gogh e anexadas em ofício encaminhado à promotora Paula Lino, mostram que no dia 12 de novembro de 2008, exatos 37 dias após vencer as eleições, João Bosco conseguiu saldar uma dívida no valor de R$ 105.825,15.
Em 16 de dezembro, 15 dias antes de ser empossado, ele quitou outra dívida, no valor de R$ 76.267,59. Posteriormente, em 30 de março de 2009, já empossado no cargo de prefeito de Caratinga, João Bosco liquidou uma terceira dívida, no valor de R$ 96.256,88, cobrada na Justiça por uma empresa de fertilizantes. A denúncia questiona como foram quitadas dívidas, com apenas três meses de mandato, recebendo salários mensais líquidos de R$ 10.998,00.
Os documentos apresentados por Van Gogh mostram que, em setembro de 2009, João Bosco conseguiu livrar-se de outras duas dívidas menores que, juntas, somavam R$ 13.202,43.
Outro ponto destacado em denúncia é a compra de uma fazenda, em 11 de maio do ano passado. João Bosco comprou a propriedade rural pelo valor de R$ 530 mil reais. Conforme destacado pelo Super canal, em reportagem realizada na época, o terreno de 35 hectares, localizado no Córrego de Santa Luzia, município de Piedade de Caratinga seria pago em em cinco parcelas: duas no valor de R$ 65 mil, outras duas no valor de 130 mil e uma última, de 140 mil reais em outubro de 2012. Em entrevista, João Bosco chegou a rebater as suspeitas sobre a origem do dinheiro utilizado para pagamento e ainda destacou que o pagamento das demais parcelas seriam realizadas com a própria produção do sítio, tendo em vista que é um terreno produtivo, rendendo cerca de 360 mil reais por ano.
INVESTIGAÇÃO
Levando-se em conta todos os questionamentos realizados, a promotora Paula Lino da Rocha Lopes, titular da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caratinga, informou a abertura de inquérito civil público para investigar como em cerca de 10 meses, o prefeito de Caratinga desembolsou mais de R$ 420 mil, restando ainda a dívida de parcelamento da compra de fazenda, com pagamento em andamento.
Após conclusão do inquérito, se o Ministério Público concluir que João Bosco realizou gastos pessoais e ampliou seu patrimônio de forma incompatível com seus vencimentos, tudo indica que ele terá que responder na Justiça, todos os questionamentos feitos pela Câmara de Vereadores Voluntários.
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