A Promotoria de Justiça de Brumadinho, o Procon Estadual e a Polícia Militar interditaram nessa sexta-feira (2) oito chalés da Pousada Estalagem do Mirante, situada na serra da Moeda, no município de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, cujo sistema de aquecimento a gás estaria instalado de maneira irregular. Segundo as investigações, um casal de namorados morreu em um dos chalés por intoxicação devido à exposição aguda ao monóxido de carbono produzido pelo aquecedor de água a gás, sem a observância das normas técnicas. A pousada tem ao todo 16 chalés.
O proprietário do estabelecimento e o bombeiro hidráulico que teria instalado os aquecedores de maneira irregular foram denunciados pela prática de homicídio culposo, em virtude das mortes de Gustavo Lage Caldeira Ribeiro e Alessandra Paolinelli Barros, no dia 17 de março de 2011.
O proprietário do estabelecimento e o bombeiro hidráulico que teria instalado os aquecedores de maneira irregular foram denunciados pela prática de homicídio culposo, em virtude das mortes de Gustavo Lage Caldeira Ribeiro e Alessandra Paolinelli Barros, no dia 17 de março de 2011.
De acordo com promotor de Justiça de Brumadinho William Garcia Pinto Coelho, "o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) seguiu duas linhas de atuação: uma buscando apurar a responsabilidade criminal pela morte de Gustavo Lage e Alessandra Paolinelli e outra visando a tutelar a coletividade, tendo em vista que o defeito no serviço de hospedagem colocado no mercado expõe potencialmente a saúde e a segurança dos hóspedes".
Além da ação penal, a Promotoria de Justiça de Brumadinho instaurou processo administrativo no âmbito Estadual, decidindo cautelarmente pela suspensão do fornecimento do serviço de hospedagem nos quartos equipados com aquecimento a gás. A promotora de Justiça Maria Alice Alvim Costa Teixeira afirmou que "o serviço de hospedagem ficará suspenso até que os representantes da pousada apresentem ao MPMG documento técnico que comprove efetivamente a segurança das instalações, com a liberação do Corpo de Bombeiros".
Relembre o caso
Inicialmente, a suspeita era que os jovens haviam morrido asfixiados por monóxido de carbono em função de uma lareira acesa dentro do quarto. No entanto, as investigações da Polícia Civil apontaram que o problema foi causado por uma reforma irregular que interferiu no sistema de aquecimento da banheira de hidromassagem.
Além da ação penal, a Promotoria de Justiça de Brumadinho instaurou processo administrativo no âmbito Estadual, decidindo cautelarmente pela suspensão do fornecimento do serviço de hospedagem nos quartos equipados com aquecimento a gás. A promotora de Justiça Maria Alice Alvim Costa Teixeira afirmou que "o serviço de hospedagem ficará suspenso até que os representantes da pousada apresentem ao MPMG documento técnico que comprove efetivamente a segurança das instalações, com a liberação do Corpo de Bombeiros".
Relembre o caso
Inicialmente, a suspeita era que os jovens haviam morrido asfixiados por monóxido de carbono em função de uma lareira acesa dentro do quarto. No entanto, as investigações da Polícia Civil apontaram que o problema foi causado por uma reforma irregular que interferiu no sistema de aquecimento da banheira de hidromassagem.
O monóxido de carbono produzido pelo equipamento, que deveria escoar para a parte externa do chalé, ficou confinado entre paredes de alvenaria e escoou para dentro do quarto através da tubulação da banheira. A mesma falha no sistema de aquecimento foi identificada em outros quatro chalés da pousada, que permanece em funcionamento e com todas as instalações ativas.
Gustavo e Alessandra, de acordo com a polícia, teriam usado a banheira aquecida e esquecido o aparelho ligado, que ficou em funcionamento por pelo menos dez horas. A alta concentração do monóxido de carbono causou sonolência, tontura e os levou à morte.
Defesa
De acordo com a delegada Elenice Ferreira, que presidiu as investigações, assim que construiu os cinco chalés com hidromassagem, há cerca de oito anos, o empresário notou que o aquecimento a gás das banheiras não funcionava devido aos fortes ventos na região de Brumadinho. Segundo a polícia, o proprietário teria procurado Rodrigo Morais, um bombeiro hidráulico, que o aconselhou a construir paredes de alvenaria no entorno dos aquecedores. "Os três engenheiros e a arquiteta que elaboraram o projeto foram categóricos ao afirmarem que não foram consultados em relação a essa obra". Os dois indiciados respondem pelo crime em liberdade.
O advogado Fernando Magalhães Júnior, que representa o dono da pousada Estalagem do Mirante, informou que ainda não teve acesso à conclusão do inquérito policial sobre o caso. Questionado sobre os motivos de seu cliente ter mantido aberto o quarto em que o casal morreu durante o período de investigações, ele informou que, na época, a própria polícia liberou o local. O advogado do bombeiro não foi localizado.
Defesa
De acordo com a delegada Elenice Ferreira, que presidiu as investigações, assim que construiu os cinco chalés com hidromassagem, há cerca de oito anos, o empresário notou que o aquecimento a gás das banheiras não funcionava devido aos fortes ventos na região de Brumadinho. Segundo a polícia, o proprietário teria procurado Rodrigo Morais, um bombeiro hidráulico, que o aconselhou a construir paredes de alvenaria no entorno dos aquecedores. "Os três engenheiros e a arquiteta que elaboraram o projeto foram categóricos ao afirmarem que não foram consultados em relação a essa obra". Os dois indiciados respondem pelo crime em liberdade.
O advogado Fernando Magalhães Júnior, que representa o dono da pousada Estalagem do Mirante, informou que ainda não teve acesso à conclusão do inquérito policial sobre o caso. Questionado sobre os motivos de seu cliente ter mantido aberto o quarto em que o casal morreu durante o período de investigações, ele informou que, na época, a própria polícia liberou o local. O advogado do bombeiro não foi localizado.
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