Quatorze mandados de prisão contra policiais que são suspeitos de envolvimento nos assassinatos de dois jornalistas na região do Vale do Aço são cumpridos nesta quarta-feira (8).
De acordo com as primeiras informações, durante a madrugada, pelo menos 40 policiais civis de Belo Horizonte viajaram para Ipatinga, que fica na mesma região do Estado. Um policial já teria sido preso no bairro Águas Claras, em Santana do Paraíso, cidade vizinha à Ipatinga. Outros cinco policiais também suspeitos de particapação nos homicídios foram detidos em datas anteriores.
Os assassinatos
No dia 8 de março, o jornalista Rodrigo Neto foi assassinado a tiros, em Ipatinga. Após 37 dias, o fotógrafo Walgney Assis Carvalho, de 43 anos e que era colega de trabalho de Rodrigo Neto, foi assassinado da mesma forma em um pesque pague de Coronel Fabriciano, também no Vale do Aço.
Walgney Assis era mais conhecido na cidade pelo apelido de “Carvalho Loko” e foi atingido por dois tiros na região da cabeça e axila direita. Rodrigo Neto foi atingido por dois disparos de arma de fogo, que foram disparados por homens em uma motocicleta de cor escura. O crime ocorreu no momento em que o jornalista saía de um bar, localizado na avenida Selim José de Sales, uma das mais movimentadas de Ipatinga, no bairro Canaã.
Investigações
Segundo investigações, os assassinatos dos jornalistas estariam relacionados a um grupo de extermínio formado por policiais e responsável por, pelo menos, mais 20 assassinatos ocorridos na região do Vale do Aço. Antes de morrer, Rodrigo Neto investigava a ligação de policiais em chacinas, homicídios e desaparecimentos ocorridos entre 1992 e 2013.
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