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terça-feira, 1 de setembro de 2009

CARATINGA Dinheiro de aluguel de carros daria para construir 800 casas populares


Uma medida que parecia ser uma excelente solução para o setor de Transporte da Prefeitura de Caratinga, começa a apresentar uma série de problemas e tem gerado muita reclamação, por parte das pessoas que prestam serviços ao Município nesta área.
Numa forma de tentar economizar os gastos com combustível e manutenção de veículos, o atual governo decidiu confiar o gerenciamento do serviço de transporte da prefeitura a uma cooperativa, a Cooperminas, que começou a funcionar a partir de abril deste ano.
Segundo o Processo 758/2009, que estabelece o acordo entre a Prefeitura e a Cooperminas, o município passa R$ 249.303,68 mensais à cooperativa, o que, dá R$ 2.991.644,00 por ano, apenas com o pagamento de veículos. É importante ressaltar que, não estão incluídos, nessa despesa, os gastos com as dezenas de outros veículos pertencentes à Prefeitura.
Pelo acordo, a prefeitura repassaria à Cooperminas, contratada para gerenciar o serviço, os valores de aluguel determinados para cada tipo de veículo e ela se incumbiria de passar aos motoristas seus salários.
No entanto, alguns motoristas, que pediram para não serem identificados, temendo represálias, informaram que o município repassa à Cooperminas R$ 3.450,00, por mês, para cada veículo pequeno, dos quais, R$ 2.200,00 são passados aos proprietários do veículo, que arcam com as despesas de combustível e manutenção dos carros. Já, pelos caminhões, a cooperativa recebe R$ 7.200,00 e repassa aos proprietários R$ 4.800,00. Não conseguimos saber quanto é pago à Cooperminas pelas vãs, mas, seus proprietários recebem R$ 3.300,00.
Além desta diferença, que nos automóveis é de R$ 1.250,00 e nos caminhões é de R$ 2.400,00, todos os, aproximadamente, 90 proprietários de veículos são obrigados a pagar R$ 100,00, como parcela da cota de adesão à cooperativa, estipulada em R$ 1.400,00 - dividida em 14 parcelas -, sendo, ainda, descontado 11% do que recebem, à guisa de taxa de manutenção. Com isso, quem tem veículo contratado pela prefeitura, repassa à cooperativa os seguintes valores mensais: R$ 342,00, para carros comuns; R$ 463,00 para vãs, e R$ 628,00 para caminhões.
Se todos os 90 veículos contratados pela Cooperminas fossem, carros pequenos, a cada mês, os proprietários estariam repassando à cooperativa a quantia de R$ 30.780,00, um motorista disse que, em um determinado mês, esse recolhimento se aproximou de R$ 50 mil. Baseando-se, novamente, nos valores dos carros pequenos, a diferença total entre o que a cooperativa recebe e o que repassa aos motoristas ficaria em R$ 112.500,00 ou R$ 1.350.000,00 ao ano. Não se sabe para quem irá esse dinheiro. Se a Cooperminas repassar aos cooperados o saldo positivo obtido, ao final do ano, como seria o procedimento correto para esse tipo de associação, cada um dos 90 motoristas deverá receber, no mínimo, R$ 15 mil, em forma de dividendos.
Mas, mesmo assim, fica difícil entender o motivo da diferença entre o que a Cooperminas recebe e o que ela passa aos motoristas. Se o objetivo é economizar, por que a Prefeitura de Caratinga, que conta com mais de 2000 funcionários, dos quais, aproximadamente 40 motoristas, não preferiu criar um bem organizado departamento de Transporte, para gerenciar a contratação de veículos, sem a diferença registrada no acordo com a Cooperminas?
Só com a diferença que apuramos, num levantamento tosco, os R$ 1.350.000,00 dariam para construir 90 casas populares ou 60 carros novos. Desta forma, no final do mandato, o governo poderia ter adquirido mais de 200 veículos ou construído mais de 350 casas populares e, isso, com recursos do município que, no acordo com a Cooperminas, como tudo indica, não retornará na forma de benefício ao povo.
Numa outra possibilidade, a prefeitura poderia, levantada a demanda de veículos e motoristas, realizar concurso público, para suprir a carência de motoristas e adquirir os veículos necessários.
Calculando-se o valor dos veículos ao preço médio de R$ 50 mil a unidade, para a compra de 90 veículos, a prefeitura investiria R$ 4.500.000,00. Vale a pena citar que os veículos incorporariam a frota do município, o que não acontecerá pelo acordo com a Cooperminas que, ao final do mandato terá custado, aproximadamente, R$ 12 milhões ao bolso do contribuinte. Dinheiro suficiente para a construção de 800 casas populares ou a compra de 500 carros novos.
(fonte jornal a semana)

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