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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Família de criança morta após cirurgia afirma que vai entrar na justiça

A cirurgia de adenóide foi realizada em Raíssa na manhã da ultima quinta-feira(16/12). A menina ficou internada no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora durante toda à tarde. Segundo a família, a criança parecia estar bem e chegou a receber alta por volta das 20hs. Mas o estado de saúde da menina se complicou momentos antes de sair do hospital, Raíssa vomitou sangue e faleceu às 10hs.

Os pais de Raíssa foram para Belo Horizonte. Mas a avó materna estava em casa e conversou com a equipe de jornalismo do Super Canal. Ainda muito abalada, dona Mirtis Martins se recorda dos últimos momentos que viu a neta. “Ela veio até a minha casa bem cedinho na quinta-feira, antes de ir para o hospital. Ela ainda disse assim: 'vovó, eu não quero ir, porque sei que não vou voltar, nunca mais você vai me ver', se emociona dona Mirtis.     

A avó da criança ainda se lembra do momento em que visitou a neta no hospital momentos depois que a criança passou pela cirurgia. “Ela estava bem. Lembro que ela se alimentou e chegou a cantar para mim”, lembra dona Mirtis.  

Segundo a família Raíssa faleceu após as complicações pós-operatórias e a avó reclama que nenhum dos médicos que atendeu a menina teria tido a coragem de dar a notícia para a criança.

Durante a entrevista, dona Mirtis não soltou a foto da neta. E se emociona ao lembrar dos momentos em que passou ao lado da menina. “Muitas saudades. Não sei como vai ser viver sem minha neta”, afirma dona Mirtis chorando muito. E acredita que a morte de Raíssa tenha sido falha do médico. “Ele deveria ter dado mais assistência para minha neta depois da cirurgia”, afirma.

Raíssa foi enterrada na tarde da última sexta-feira (17) no cemitério São João Batista. Na manhã desta segunda-feira (20) procuramos a direção do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Em nota o Hospital informou que a criança após uma cirurgia eletiva de amigdalectomia teve complicações pós-operatórias. Apesar de receber toda assistência da equipe médica presente não foi possível evitar o óbito. A princípio não foi detectada pela diretoria clínica falha no procedimento. Mas será aberta uma sindicância para apurar os fatos. O responsável pela cirurgia de Raíssa foi o médico Bruno Salvato.        

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