Edenézio da Silva não se conforma com a morte do filho, mas se permite culpar a criança que fez o disparo
Na foto guardada pelo pai com carinho está Rafael da Silva, um garoto de apenas 09 anos, que posa para a câmera com o diploma de sua primeira formatura na escola municipal Barquinho Amarelo. A fotografia e tantas outras lembranças ficarão guardada na memória do pai Dionízio da Silva, que perdeu o filho de forma repentina e cruel.
Rafael foi baleado na cabeça quando nos fundos da escola curiosamente foi ver a arma de fogo que o colega de vizinhança levou para a escola na manhã de quarta-feira (01/12). Na espera pela chegada do corpo do filho para o velório, senhor Dionízio conversou com a equipe de jornalismo do Super Canal e quando perguntado sobre Rafael: "Uma doçura. Uma menino excelente. Lembro agora que às vezes chamava a atenção dele no quintal, porque na hora de brincar pisava nas plantações", destacou.
O pai da criança baleada conta que o filho e o menor autor do disparo da arma de fogo eram colegas, brincavam juntos e tinham uma relação de amigos. "Foi acidental. Não posso culpar a outra criança. A gente vê isso fora daqui, mas infelizmente aconteceu com a minha família", desabafou, ressaltando que quando recebeu um telefone de agentes de saúde do Pronto Atendimento Municipal de Caratinga dizendo que precisava conversar sobre o filho, ele percebeu que algo ruim estava por vir.
Dionízio conta ainda que ao chegar na unidade médica foi informado que os médicos haviam feito tudo que poderia salvar a vida do seu filho, mas diante da gravidade do estado de saúde, não houve êxito.
O corpo de Rafael será velado em uma igreja próximo a residência em que a criança morava, na rua Dr. Maninho, bairro Santa Cruz. O sepultamento será nesta manhã de quinta-feira (02/12).
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