Menor de 12 anos é investigado como autor do disparo. Crianças estavam no fundo da escola Barquinho Amarelo. Polícia investiga o caso
A ocorrência foi atendida pela Polícia Militar por volta das 09h30 da manhã desta quarta-feira (01/12), dentro da escola municipal Barquinho Amarelo, localizada no bairro Santa Cruz, em Caratinga. Quando a equipe de jornalismo do Super canal chegou ao local a criança de 09 anos já havia sido socorrida e encaminhada ao PAM (Pronto Atendimento Municipal) com um ferimento na cabeça.
Segundo testemunhas, o autor do disparo foi uma criança de apenas 12 anos de idade. Uma das enfermeiras do posto de saúde que funciona ao lado da escola, prestou o primeiro atendimento à vítima e detalhou sobre qual era a cena quando chegou ao local. “A criança estava caída no fundo da escola e sangrava muito, devido ao ferimento de tiro de arma de fogo na cabeça. Ainda esta com vida”.
O médico Vinícius Barbosa, de plantão no Posto de Saúde, foi imediatamente acionado e destacou que o estado de saúde da criança era grave, com sinais vitais fracos. Segundo o médico, a bala atravessou a cabeça da criança e todos os procedimentos cabíveis foram tomados, até o encaminhamento da criança a uma ambulância do Corpo de Bombeiros Voluntários, que seguiu em direção ao PAM.
Em contato telefônico, por volta das 11h da manhã, a equipe de jornalismo foi informada que a criança estava sendo atendida por uma equipe médica. Foi confirmado o estado de saúde grave do menor de 09 anos, que segundo os médicos, chegou a perder massa encefálica.
Policias Militares e civis acompanharam a ocorrência. A delegada Nayara Travassos, responsável pela Delegacia Especializada de Proteção à Família esteve na escola e ouviu professores, diretores e alunos que estavam na instituição no momento do crime. A Polícia investiga como o menor estava com uma arma de fogo e a levou para a escola nesta manhã de quarta-feira. Há suspeita de que a arma pertence ao autor de um assalto ocorrido nesta semana a um supermercado do bairro Santa Cruz. Denúncias apontam que a arma pertence a um dos autores presos, conhecido como “Ferinha”. Uma das enfermeiras que prestou atendimento à vítima disse que conversou com o menor autor do disparo, indagando sobre o porquê da arma de fogo ter sido levada para a escola. Segundo a enfermeira, o menor informou que eles estavam brincando, mas que a arma foi levada, já que estava sabendo de que uma briga aconteceria após a aula.
Na delegacia, a equipe de jornalismo do SC conversou com a tia do autor do disparo da arma de fogo, o menor de 12 anos de idade. Ela nega qualquer divergência entre as crianças e chegou a dizer que vítima e autor são vizinhos. “Nunca soube da nada entre eles, ontem estavam até brincando na porta de casa”.
Quando indagada sobre o comportamento do sobrinho de apenas 12 anos de idade, ela destacou que a criança já ficou 15 dias sem freqüentar a escola, e denunciou que o menor era vítima de preconceito. “A escola chamava ele de ladrão, ele sempre foi humilhado”, desabafou.
Este é a penas o início de uma investigação que irá apurar todas estas denúncias. O menor de 12 anos autor do crime segue na 2 Delegacia de Polícia Civil e está sendo ouvido pela delegada Nayara Travassos. O menor atingido por uma bala na cabeça segue em estado gravíssimo no PAM.
Há também denúncias de que os menores brincavam no fundo da escola de roleta russa, uma espécie de brincadeira de mau gosto que coloca à mercê a sorte dos participantes. A Polícia segue na investigação do caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário