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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Frente fria pode provocar temporal de granizo

Setembro chega trazendo previsão de chuvas e trovoadas. E a possibilidade de um agravante: o granizo. Acompanhando o alerta da meteorologia, que faz lembrar as cenas de destruição ocorridas no mesmo mês do ano passado, vem também a apreensão, que não se limita às famílias que moram em áreas de risco, mas atinge responsáveis por obras públicas e até empresas, como a Fiat, que decidiu cobrir seu pátio de veículos depois do prejuízo sofrido com a tempestade de gelo de 2008. Entre todos, o medo é de que as cenas se repitam no período chuvoso que se aproxima. Às vésperas do início das pancadas de fim de ano, quem já teve a casa alagada se lembra também das inundações da noite de réveillon e teme assistir novamente, sem poder de reação, aos bens serem levados pela enxurrada ou, pior, a alguma tragédia que custe vidas. E os temporais podem estar mais perto do que se imagina. O Centro de CLimatologia MG Tempo/Cemig/PUC Minas já alerta que as condições atmosféricas na semana que vem tendem a ser semelhantes às registradas em 17 de setembro do ano passado, quando a Grande BH foi castigada por uma inesquecível tempestade de granizo. Alertas do tipo trazem preocupação para toda a cidade, mas especialmente para os ocupantes das 3.789 moradias em situação de risco alto e muito alto contabilizadas em diagnóstico da situação de áreas de risco geológico, recém-concluído pela Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel) As regiões Leste e Centro-Sul apresentam as condições mais críticas, com 37,5% dos casos. Na Vila Bonsucesso, na Região Oeste, um dos bairros mais afetados pelas chuvas da noite da virada do ano, as 75 famílias que moram às margens do córrego ainda não foram transferidas e, apesar de estar em andamento a construção de uma barragem de contenção, a previsão é de que a obra seja concluída apenas no fim do ano. Uma das principais intervenções na cidade, a concretagem do Canal do Arrudas também depende das condições climáticas para ser concluída no prazo estipulado. Às margens do Córrego Bonsucesso, no Bairro Betânia, os moradores estão apreensivos. As famílias que moram ao lado do curso d’água devem ser transferidas para moradias populares no Barreiro, mas o prazo para entrega das edificações, antes previsto para maio, foi estendido para a segunda quinzena de outubro, por causa de atraso no cronograma. Segundo o líder comunitário Eduardo Luis Pinto, de 37 anos, representantes da Regional Oeste estiveram na vila na semana passada para marcar uma reunião, mas nada ficou definido. “A chuva está chegando. Fizeram a limpeza e depois nada mais saiu do papel. Agora, qualquer relâmpago deixa todos em alerta”, reclama. Apesar das queixas, o diretor-presidente da Urbel, Cláudius Vinicius Leite Pereira, afirma que durante o ano inteiro são tomadas medidas preventivas em pontos de inundação. Neste ano, além da elaboração do diagnóstico sobre áreas de risco, a prefeitura adotou ações visando dar maior proteção à população de vilas e favelas. O programa prevê três planos: de mobilidade social – com a atuação de núcleos de defesa civil antes e depois do período de chuvas –, de atendimento emergencial após os temporais e de obras que visam erradicar situações-problema, como o Orçamento Participativo e o Vila Viva. Em comparação com o diagnóstico apresentado este ano, o número de moradias em situação de risco caiu mais de 65% desde 2004, quando elas somavam 10.560 unidades. MonitoramentoEntre as novidades para enfrentar as cheias este ano está a instalação de sistema de monitoramento de 21 pontos de alagamento em pontos estratégicos, como o Ribeirão Arrudas. Parte do sistema deve começar a operar até o fim do ano, permitindo providências emergenciais, como a interdição de vias de acesso e a retirada de famílias, em casos de alerta de inundação. Medidores devem verificar se o nível d’água está adequado e, em casos de cheia, um alarme avisará agentes da prefeitura sobre o risco. No Arrudas, a obra de 3.180 metros de extensão em execução entre as ruas Vila Rica e Uberaba deve ser concluída até fevereiro, mas a data também depende das condições climáticas, já que parte dela se desenvolve no leito do ribeirão e pode ter de ser interrompida em caso de chuva. A concretagem de 2.320 metros do canal (veja arte) deve estar pronta até novembro, segundo técnicos da Copasa, garantindo melhores condições de escoamento. Orçada em R$ 55 milhões, a reforma deve aumentar a vazão do canal. A superfície irregular dificultava a passagem da água e a expectativa é de que a concretagem garanta melhor fluidez, principalmente em dias de temporais, como o que alagou diversas casas no começo do ano. Segundo o gerente da Divisão de Gerenciamento de Obras Especiais, Márcio de Castro Brant Moraes, operários trabalham 24 horas na intervenção, mas é preciso ficar de olho nos céus. “É uma obra em que um único dia de chuva pode atrasar os serviços em até 10 dias”, explica. (Com Flávia Ayer)

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