Parentes e amigos do menino de quatro anos, que morreu na noite dessa segunda-feira (14), engasgado com chiclete no bairro Padre Eustáquio, região Noroeste de Belo Horizonte, denunciam falta de atendimento médico no posto de saúde, para onde a criança foi levada. Eles afirmam que não havia médicos de plantão, por conta da greve de advertência. A informação foi confirmada pela coordenação do posto.
Ao perceber que o filho estava engasgado, a mãe, que tem 20 anos, buscou socorro, mas ele não resistiu e morreu na sala de entrada do posto. A Polícia Militar e a Guarda Municipal foram acionadas para conter o tumulto que se formou do lado de fora da unidade. O cabo Marcelino Gomes, da PM, disse que o menino foi socorrido na sala de entrada. O Samu também foi acionado e o menino foi levado para uma sala interna, onde tentaram reanimá-lo. A criança não resistiu.
Em nota, a Secretaria Municipal de Sáude afirmou que a unidade conta com cinco equipes de saúde da família, cada uma formada por médico generalista, enfermeiro, auxiliar de enfermagem e agente comunitário de saúde. Mas, nessa segunda, ainda segundo a secretaria, um médico generalista estava de licença médica e outros três médicos aderiram a paralisação dos servidores da saúde, além de outro que estava de férias.
O corpo da criança será enterrado na manhã desta terça-feira (15), no Cemitério da Paz, na região Noroeste da capital.
Greve
Os médicos da rede pública de Belo Horizonte exigem reajuste salarial de 26% e melhores condições de trabalho. Em nota, o município considerou o protesto inoportuno, especialmente no momento em que a cidade enfrenta a ameaça do vírus da gripe suína. A PBH alega que tem dialogado com os servidores e que é impossível oferecer aumento linear para todas as categorias.
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