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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Segundo hospital, criança que ingeriu ácido não corre risco de morrer

A criança de dois anos que ingeriu ácido ao invés de medicamento não corre risco de morrer. De acordo com médicos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Pediátrica do Hospital Felício Rocho, o menino passou por uma cirurgia e apresenta quadro de saúde estável. Em nota, o hospital informou que o menino está com inflamação na boca, na garganta e no esôfago e está sendo medicado com analgésico. A previsão de alta para o garoto é de duas semanas e os médicos ainda não sabem se a ingestão do ácido pode trazer sequelas ou comprometer a saúde da criança no futuro.
O paciente foi submetido à endoscopia digestiva na tarde dessa segunda-feira (10) e, em seguida, internado na UTI Pediátrica do Hospital Felicio Rocho. Após quatro horas da internação, foi feito o exame de tomografia do encéfalo, que nada acusou de anormal. Ele foi examinado por uma equipe de cirurgiões do Hospital Felício Rocho, Dr. Antonio Santiago, coordenador da cirurgia pediátrica, Dr. Guilherme Maciel, Dr. Domingos André Fernandes Drumond, que considerou a necessidade de uma videolaparoscopia, iniciada nesta terça, às 10h, e dependendo das condições, será realizada a colocação de sonda gástrica para alimentação.

No momento, o tratamento consiste no controle da dor, com medicação, nutrição por via venosa e, dependendo dos achados da videolaparoscopia, alimentação por via gástrica, de alimentos líquidos, 48 horas após o procedimento.  Uma videolaparoscopia foi realizada e constatou-se que havia uma gastrite de pequeno grau, sendo possível a realização de uma gastrostomia e implantação de um sonda para nutrição. O tratamento da gastrite consiste no bloqueio da produção endógena de ácido clorídrico, através do uso de Pantoprazol.
O caso
A criança ingeriu ácido no último dia 9 no Hospital São Camilo, no bairro Floresta, em BH.  O menino chegou ao hospital com dores de cabeça e o médico receitou um sedativo para fazer uma tomografia. Uma técnica de enfermagem do hospital ficou responsável por dar a medicação ao garoto, mas deu ácido no lugar da medicação. A direção do hospital afastou a funcionária e a Polícia Civil investiga o caso.

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