A Polícia Civil de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, está investigando um médico ginecologista da cidade, que também é vereador. No prazo de quase 15 dias, duas mulheres, de 18 e 19 anos, registraram boletim de ocorrência sobre abuso sexual após consultarem com o médico.
De acordo com a Polícia Militar, a primeira denúncia foi feita no dia 3 deste mês e pela jovem de 19 anos. Conforme a mulher, que recebeu atendimento médico em um hospital do bairro Granbery, o ginecologista a pediu para entrar no banheiro e tirar a roupa, como de costume. Porém, o médico entrou no local sem a permissão dela e com a desculpa de que iria acender à luz. Depois de examinar a jovem, que não foi coberta por um lençol, o vereador teria feito carícias nas pernas e nos seios da paciente, que também teria tido os braços apertados por ele.
A segunda denúncia foi deita na última segunda-feira (16). Desta vez, a jovem de 18 anos procurou os militares e disse que foi até um hospital particular no bairro Santa Teresa e que o médico teria a recebido com uma voz suave, além de ter tido um comportamento muito estranho durante o atendimento. Segundo a mulher, depois de sentar em uma cama para que o ginecologista pudesse medir sua pressão, o profissional da área de saúde teria a pedido para tirar a blusa, mas ela não atendeu ao pedido. Com a negativa da paciente, o médico teria a abordado por trás e tentado tirar a blusa de forma grosseira, além de ter passado as mãos nos seis dela. Assustada, a jovem levantou, mas o ginecologista tentou, mais uma vez ,despir a mulher, que foi puxada e teve um palito enfiado dentro da boca.
Conforme a PM, nos dois casos o médico não foi encontrado nas unidades de saúde em que estava trabalha.
Até esta quarta-feira (18), o médico e vereador ainda não havia sido ouvido pelo Núcleo de Ocorrências Especiais da Polícia Civil, que é responsável por casos envolvendo servidores públicos e autoridades.
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