O futuro dos membros da Associação dos Camelôs e Vendedores Ambulantes de Caratinga foi debatido na tarde desta terça-feira, 10, na Câmara Municipal. O presidente da Casa, vereador João Roberto Leodoro, o Mestre, e os vereadores João Anselmo, o João das Mudas, e Emerson da Silva Matos, receberam o presidente da Associação, Adriano Cândido Viana, acompanhado de mais de trinta integrantes do grupo. Na reunião, também estavam presentes o chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal, Gilson da Costa Esmael, o Jipão, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Juarez Júnior da Silveira, e o representante do Sindicato do Comércio, Hildeberto Gonçalves.
A reunião havia sido marcada na última seção do Legislativo, no dia 3, para que juntos, poder público e sociedade civil organizada, buscassem uma solução para o problema dos camelôs. Todos os presentes concordaram que os camelôs precisam sair do local onde estão hoje, por ser de difícil acesso. O ponto de discórdia entre o executivo e os associados é o novo local onde funcionará o camelódromo. “Há muito tempo questionamos que o lugar onde trabalhamos não é adequado”, disse Adriano, reforçando que já foi feito projeto e até plebiscito para irem para o calçadão da Rua Miguel de Castro. “Precisamos de um lugar organizado para trabalharmos”, pontuou.
O representante da prefeitura explicou aos associados que o calçadão foi descartado porque pretendem mexer no local, uma vez que há a necessidade de melhorar o fluxo de carros no centro da cidade. “Todos sabemos que vocês precisam de um lugar mais acessível e somos solidários. A prefeitura hoje tem algumas propostas. Como pretendemos mexer no calçadão, seria uma irresponsabilidade mandar vocês para lá”, disse Gilson.
O chefe de Gabinete informou aos camelôs que estão sendo sondados três lugares: um espaço no fundo do antigo Posto Esso, na Praça Cesário Alvim; o estacionamento do antigo Supermercado Vera Cruz, na Rua Moacir de Matos; e o estacionamento onde funcionava a Floricultura Rosas de Ouro, na Rua Raul Soares. “Estamos negociando para apresentar três propostas a vocês. Foi um erro da gestão passada colocá-los lá e agora queremos resolver isso”, completou Gilson.
Os membros da associação presentes na reunião reforçaram que a proposta e o projeto iniciais eram deles irem para o calçadão e que não querem novas propostas. “Se o problema é a mudança no trânsito, quando ela for acontecer a gente sai de lá. Não abrimos mão do calçadão”, afirmou a vice-presidente da Associação dos Camelôs, Estefânea de Souza Ferreira. “Nós poderíamos invadir o calçadão, sair de madrugada e montar as barracas lá, mas estamos respeitando, somos organizados, queremos que seja feito o que foi combinado, queremos ser respeitados também”, completou o ex-presidente da associação, Vagner de Oliveira.
O vereador Emerson sugeriu aos presentes que se organizem para que até o dia primeiro de maio os camelôs já estejam funcionando no calçadão, garantindo que irão conseguir o alvará de funcionamento da prefeitura. “O certo é vocês irem para o calçadão. Isso foi votado em plebiscito. Vamos pedir ao prefeito para mandar o projeto para cá e vamos votar. O prefeito tem que cumprir sua palavra”.
A ideia foi acatada pelos demais presentes, não sendo, portanto, confirmada pelo chefe de Gabinete a aceitação do executivo. “Nós apresentamos três propostas e todas foram recusadas. Agora vou levar para o prefeito o que foi definido aqui. A opinião do governo é ter um local mais adequado, organizado, padronizado. Mas acho que estamos chegando ao fim dessa discussão”, afirmou Gilson.
Para o presidente da Câmara, é preciso que a atual gestão atenda o pedido deles. “Essa discussão foi positiva, nesta conversa chegamos a uma conclusão, mas ainda é preciso resolver detalhes entre os associados e a prefeitura. Agora o chefe de gabinete vai conversar com o prefeito e vamos esperar um parecer. Esperamos que agora tudo seja resolvido”.
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