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quinta-feira, 22 de março de 2012

Trote polêmico causa reação de estudantes e funcionários da UFMG

Uma polêmica envolvendo um trote realizado nesta quinta-feira (22) no campus Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), deixou alunos, professores e funcionários alarmados. O trote realizado pelos alunos do curso de turismo, ministrado no prédio do Instituto de Geociências (IGC). Os veterenos teriam se vestido de policiais militares e amarrado duas alunas do 1º período do curso em uma árvore. As garotas calouras, então, teriam sido obrigadas a chupar um cacetete com uma camisinha na ponta. O constrangimento causou a reação da sociedade acadêmica. 
A UFMG informou que o trote de fato ocorreu, mas que os vigilantes que acompanhavam a mobilização de estudantes não viram ninguém ser amarrado ou submetido a chupar nenhum objeto. Segundo os vigilantes, houve uma brincadeira com lama, que foi contida com o fechamento do poço de onde a lama era retirada. O aluno de comunicação social Pedro Nogueira contou que ouviu a gritaria dos veterenos perto da avenida principal do campus, quando estava saindo do prédio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG (Fafich). "Eu só ouvi gritos de 'corre calouro' no campus", disse.  
De acordo com a assessoria da UFMG, a diretora do IGC, Tânia Mara Dusseie, e o diretor de assuntos estudantis, Guilherme Knauer, conversaram com os estudantes que participaram do trote e, segundo eles, os jovens não foram forçados a nada e estavam no local por livre e espontânea vontade. Knauer acompanhou o trote de perto, segundo a assessoria, e disse que não viu ninguém ser amarrado. Ele apenas contou da brincadeira com lama, como os vigilantes também disseram. 
Por meio da assessoria, a UFMG informou que não permite trotes e que no início de todo semestre são feitas campanhas incentivando apenas o trote solidário. Em todo caso, quando são realizadas manifestações do tipo, a universidade envia vigilantes para fazer a segurança do manifesto e evitar qualquer tipo de violência ou constrangimento. As averiguações da universidade sobre o trote dos estudantes de turismo nesta quinta não comprometeu a integridade de nenhum dos envolvidos, conforme a assessoria. 

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