Dívida
No seu pronunciamento, Aluísio rebateu a afirmativa de João Bosco, com relação às dívidas do Município. “Ao reassumir a Prefeitura ele (João Bosco) disse que o município tinha uma ‘dívidazinha’ de R$ 3 milhões. Porém, nós encontramos um relatório de Prestação de Contas de 2011, apresentando um total de R$ 16 milhões em restos a pagar, sendo 4 milhões de saldo vinculado e mais 4 milhões de saldo não vinculado. O saldo vinculado, como os recursos destinados à Educação e à Saúde, não pode amortizar outra dívida e o saldo não vinculado é aquele que pode amortizar. Isso representou uma dívida inicial para este ano de R$ 12 milhões. Sem contar que, em janeiro e fevereiro deste ano a Prefeitura de Caratinga não realizou nenhum empenho das suas compras e aquisições de serviço e nenhuma dívida foi empenhada”.
Ele destacou, ainda, outra situação gravíssima, que tem prejudicado o Transporte Escolar: a dívida com a Minas Brasil (Cooperminas), responsável por alugar os veículos que servem ao Município. Há mais de quatro meses a Prefeitura não repassa à empresa o dinheiro referente ao pagamento dos aluguéis de veículos que gira em torno dos R$ 400 mil por mês.
Veículos retidos
O vice-prefeito revelou, ainda, que veículos que trabalham no Transporte Escolar estão retidos em oficinas de Governador Valadares, por causa de uma dívida de aproximadamente R$ 700,00, pelo serviço de revisão de veículo, deixando alunos de várias localidades sem o transporte.
Outra grave falha apontada por Aluísio, também diz respeito aos alunos do município. Até hoje, apesar do ano letivo já ter iniciado há mais de um mês, a Prefeitura não adquiriu a merenda escolar e nem os uniformes para os alunos das escolas municipais.
Obras paradas
De acordo com informações transmitidas a Aluísio Palhares pelo chefe do Departamento de Obras, não havia nem um saco de cimento na Secretaria de Obras, motivo pelo qual as obras em andamento no município, mesmo as conveniadas com o Governo do Estado e com o Governo Federal estavam paralisadas.
Aluísio declarou que, no período em que esteve com prefeito em exercício, não consegui crédito para comprar sequer um saco de cimento, devido à dívida da Prefeitura com os fornecedores. “Eu e minha equipe nos deparamos com grande precariedade de materiais, equipamentos e máquinas. Os funcionários da Secretaria de Obras ficam sentados sem ter o que fazer. Além disso, muitas máquinas e veículos permanecem parados por estarem danificados, fazendo com que muitos serviços continuem paralisados”.
De acordo com Aluísio, o Governo João Bosco, este ano, não cuidou sequer da geração de sua própria receita, como acontece com a cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). “Este ano o Município deve receber mais de R$ 8 milhões de IPTU, com vencimento no mês de abril. Até agora, não tem nada pronto para o município começar a cobrar e receber o imposto. Nem mesmo os carnês de recolhimento foram confeccionados”.
Por outro lado, a equipe que trabalhou com Aluísio Palhares nos dias em que esteve à frente do município detectou gastos com a realização de eventos, com pagamento de consultorias e com publicidade superiores aos investimentos feitos na área de Saúde.
fonte jornal a semana
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