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sábado, 20 de agosto de 2011

Assassino de cabeleireira é condenado a 15 anos de prisão


No dia 20 de janeiro do ano passado, o borracheiro Fábio Willian da Silva, 31, entrou no salão da ex-mulher Maria Islaine de Moraes, 30, em Venda Nova, na capital, e descarregou a arma na cabeleireira. Foram nove tiros à queima-roupa e nenhuma chance de defesa. O crime, registrado pelas câmeras de segurança instaladas pela própria Islaine, que temia o ex-companheiro, provavelmente será uma vaga lembrança para a maioria das pessoas daqui a cinco anos quando o borracheiro estará vivendo livremente.

Esse é o tempo máximo estimado para que Fábio Willian passe a contar com o benefício da liberdade condicional. Ontem, depois de oito horas de julgamento, ele recebeu a sentença de 15 anos pelo assassinato da cabeleireira. Como já cumpriu 1 ano e 7 meses da pena e a progressão de regime prevê a liberdade após o cumprimento de dois quintos da condenação, a previsão é que em 2016, após seis anos de detenção, ele possa deixar a cadeia.

O júri, formado por quatro mulheres e três homens, anunciou após 20 minutos de uma reunião reservada no fim da audiência que Fábio Willian é culpado pelo assassinato. Os jurados consideraram a qualificação sugerida pelo Ministério Público de crime por motivo fútil e sem possibilidade de defesa da vítima. A leitura da sentença do juiz Christian Gomes Lima, no entanto, causou espanto na plateia. Os irmãos de Islaine, vestidos com camisetas estampando a imagem da cabeleireira, e os assistentes da acusação, reagiram com indignação. "Esperávamos uma pena mínima de 20 anos, após a decisão do júri ter sido favorável. O juiz foi benevolente", afirmou o advogado José Arteiro. Tanto Ministério Público quanto defesa anunciaram que irão recorrer da decisão.

Ércio Quaresma, que representou o borracheiro, quer uma pena ainda menor. "Com o recurso, ele cumpre até menos dos cinco anos", garantiu. A todo momento, ele quis provar que Maria Islaine teria humilhado o borracheiro e não se protegeu das ameaças do ex-marido.

Os irmãos da vítima deixaram o julgamento revoltados. "Esse homem é um assassino duas vezes. Matou minha irmã e sete meses depois meu pai morreu de desgosto", disse Rosimar Moraes.
ESTRATÉGIA
"Eu matei por amor", disse acusado ao júri
O borracheiro Fábio Willian da Silva Soares seguiu a estratégia da defesa e, nos 40 minutos em que foi interrogado pelo juiz Christian Gomes Lima, afirmou que merecia ser condenado. Ele justificou o assassinato de Maria Islaine como consequência das traições que teria sofrido. "Nosso relacionamento não deu certo só porque ela me traía. Eu matei por amor", disse ele diante da plateia que lotou o 1º Tribunal de Júri.

Cabisbaixo na maior parte do tempo, Fábio acompanhou as oito horas de julgamento sentado em uma cadeira na lateral do salão principal. De perfil para o público, ele acompanhou os depoimentos das três testemunhas, todas de defesa, e só se levantou para ouvir a sentença proferida às 17h.

Sem algemas e vestindo uma camisa amarela e calça jeans, o borracheiro chorou apenas durante a fala do advogado Ércio Quaresma, que o defendeu. "Você vai ter tempo na cadeia para aprender que matou uma filha de Deus", disse o advogado no discurso aos jurados.

Vídeo. O vídeo de 11 segundos que mostra como foi o assassinato de Maria Islaine foi exibido no tribunal. O borracheiro assistiu às imagens sem demonstrar qualquer reação. (NO)
Detalhes do julgamento
Por volta das 8h30, o público se enfileirava para assistir ao julgamento. A maior parte era formada por
estudantes de direito.

Faixas com os dizeres "Quanto vale uma vida?" e com críticas à Lei Maria da Penha foram penduradas
na porta do fórum.

Das 15 pessoas disponíveis para compor o júri, sete foram convocadas, sendo quatro mulheres e três homens. Os advogados, que escolhem a composição do júri, dispensaram três mulheres. Esse é o número máximo de componentes do sexo feminino que poderia ser liberado.

Um acordo entre defesa e acusação definiu que as quatro horas de conversas ao telefone entre o réu e a vítima não seriam exibidas. No entanto, o advogado Ércio Quaresma leu os diálogos transcritos em vários momentos para os jurados.

Um celular tocando funk na plateia interrompeu o discurso de defesa do advogado Ércio Quaresma. Ele aproveitou para se dirigir aos jurados e dizer: "Estão vendo? Todo mundo erra. Até aqui".

No fim da sessão, o juiz Christian Lima agradeceu aos advogados pelo bom comportamento durante o julgamento do caso. Segundo ele, esse teria sido o mais fácil de sua carreira.
"Daqui a três anos, ele estará de novo em casa", ironiza irmã
Parentes do borracheiro Fábio Willian da Silva, 31, saíram ontem do Fórum Lafayette comemorando e ironizando a decisão da Justiça. Após o I Tribunal do Júri sentenciar o acusado de matar Islaine a 15 anos de prisão em regime fechado, a irmã do borracheiro, Luciana Maria Estela Soares, 40, disse que, em breve, o irmão estaria livre, ao se referir aos benefícios de redução de sentença previstos em lei. "Quero pedir desculpas para a população que esperava que meu irmão pegasse 30 anos. Ele pegou 15 anos. E daqui três anos ele estará de novo em casa", afirmou.

Luciana afirmou que a pena já havia sido prevista pelo advogado Ércio Quaresma, a quem ela diz conhecer há 20 anos. "Ele é excelente! E já tinha me falado que meu irmão pegaria 14 ou 15 anos". (FMM)

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