Uma família belo-horizontina receberá uma indenização de R$ 1.785 por danos morais e materiais referente à morte do cachorro de estimação dela durante a realização de um exame para o controle de zoonoses, que foi feito pela prefeitura da capital mineira. A decisão é do juiz da 4ª Vara de Feitos da Fazenda, Renato Luís Dresch.
A família era dona do cão Snoop, da raça pinscher, e também de Brutus, mestiço das raças rottweiler e pastor alemão. Segundo os autores da ação, no dia 1º de dezembro de 2008, chegou à casa deles um técnico da prefeitura para realizar um exame de sangue nos cães. Na data, Snoop foi examinado normalmente. No entanto, para fazer a coleta de sangue de Brutus, o técnico pediu auxílio a quatro colegas que estavam nas imediações. Conforme a família, o cão foi laçado pelo pescoço e acabou sendo enforcado durante o procedimento, uma vez que os técnicos teriam empurrado o animal diversas vezes contra a parede.
Após o ocorrido, a família disse que os técnicos não fizeram a coleta, retiraram a corda do pescoço do cão e o deixaram inconsciente no canil. Apesar de ter sido enforcado, Brutus voltou à consciência, mas apresentou muita fraqueza e morreu dois dias depois. Com a morte do cachorro, a família levou o animal à Univerdade federal de Minas Gerais (UFMG), onde passou por exame de necropsia que constatou que ele havia sofrido múltiplas hemorragias.
Ao tomar conhecimento do processo, a prefeitura alegou que os procedimentos adotados são usuais em situações do gênero. Além disso, a PBH afirmou que o animal se debateu ferozmente, chocando-se contra a parede do canil e tencionando a corda. No entanto, após análise do laudo, o magistrado constatou que, embora ele não fosse conclusivo quanto à causa da morte, indicava que o cão apresentava múltiplas hemorragias subcutâneas. Desta forma, o juiz concluiu que a equipe de controle de zoonoses mostrou pouca habilidade e preparo técnico para lidar com o animal.
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