Serão levados ainda nesta manhã para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) São Cristóvão, em Belo Horizonte, os três homens presos em flagrante pelo assassinato do atacante titular do América-MG Willian Morais, morto a tiros na madrugada deste domingo (6) durante uma tentativa de assalto no bairro Santa Terezinha, região Noroeste da capital. Daivisson Carlos Basílio Moreira, de 23 anos, Darisson Carlos Ferraz da Silva, de 18 anos e Herbert Lopes dos Santos, também de 18 anos foram presos em flagrante momentos após o crime.
De acordo com a Polícia Civil, Daivisson e Hebert têm diversas passagens pela polícia por tráfico de drogas, porte ilegal de armas e participação em assaltos. Já Darisson, que confessou ser o dono da arma e ter atirado em Willian, não tem antecedentes criminais. Os três serão indiciados por latrocínio - roubo seguido de morte.
“Ainda que a arma seja de um deles e apenas um tenha feito o disparo, todos tinham a mesma intenção”, afirmou o delegado Carlos Augusto Marçal. Segundo ele, a jovem que estava com o jogador no momento em que o trio os abordou relatou que os três chegaram gritando “perdeu, perdeu, perdeu”, e Willian se assustou. Ele saiu correndo e Darisson atirou, a uma distância de aproximadamente 10 metros. O atleta ainda caminhou um pouco, mas não resistiu e caiu no chão.
Aos policiais militares o trio tentou negar que tivesse a intenção de assaltar o casal. Um deles relatou que mexeu com a menina e que Willian foi tirar satisfação. Entretanto, durante o depoimento formal ao delegado os três preferiram o silêncio, afirmando que só se pronunciariam perante a Justiça.
Os policiais chegaram até a casa de Darisson após a jovem que acompanhava o jogador tê-lo reconhecido por meio das fotos que os militares guardam de criminosos da região. No local o trio estava consumindo bebidas alcoólicas e, num primeiro momento, negaram participação no crime.
Filho único
Os três deixaram a Delegacia Regional Noroeste, no bairro Alípio de Melo, e seguiram para o Instituto Médico-Legal, no bairro Gameleira, onde seriam submetidos a exame de corpo de delito antes de serem levados para a prisão. Lá encontraram os familiares do jogador que, inconformados com o crime, aguardavam a liberação do corpo.
Willian era filho único e foi revelado pelo Corinthians. Emprestado no começo do ano ao América-MG, ele participou de dois amistosos e dois jogos do campeonato mineiro com a camisa do Coelho. A família dele recebeu a notícia da morte ainda na madrugada e chegou a capital mineira no começo da manhã.
Estavam no IML a mãe, o pai, uma prima e um amigo da família, acompanhados pelo presidente do América e por um dos diretores do time. Nenhum deles quis falar com a imprensa. Ao ver os três acusados pelo crime, o pai de Willian se revoltou. Porém, não chegou a se dirigir ao trio. Entre os parentes comentou sua indignação.
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