Na tarde desta sexta-feira (04), o paciente Antônio Martins Damascena, 43 anos, que foi vítima de abuso sexual do médico Alessandro Teixeira da Costa, deu detalhes sobre o crime ocorrido no último dia 29 de janeiro. De acordo com Antônio, após se sentir mal em casa com uma queimação na perna provocada por uma infecção na pele e uma íngua na virilha, decidiu procurar o Pronto Atendimento Municipal em busca de uma consulta médica.
O médico Alessandro o avaliou e disse que, Antônio teria que ficar internado por cinco dias para tratar a infecção na pele. Ciente da internação, o paciente ligou para a esposa pedindo que ela levasse roupas e produtos de higiene pessoal ao hospital. Além dos remédios de uso controlado de Antônio. Segundo ele, a esposa não pode acompanhá-lo no leito e voltou para casa. Foi quando Antônio disse ter sofrido o abuso.
“O médico me transferiu do leito onde eu estava para um quarto, e trancou a porta. Logo em seguida, ele disse para que eu deitasse na maca, abaixasse a bermuda, e a cueca. Depois disso, o médico me pediu para abaixar os dois braços e deixá-los encostados na lateral das minhas coxas fazendo movimentos com as mãos. Foi quando ele se aproximou de mim, encostou o seu órgão genital em uma das minhas mãos e começou a massagear o meu pênis. Mas ele estava vestido. Ele ficou massageando meu pênis por quase meia hora,” disse Antônio.
Antônio contou que estava sonolento por causa do efeito dos remédios controlados e depois de recuperar a consciência procurou a delegacia. A partir daí, o paciente teve conhecimento que o médico já esteve envolvido em outro caso de abuso sexual. A vítima revelou que após perceber que foi abusado pelo médico, se sentiu muito indignado diante dessa situação. Ele também disse que nunca tinha passado por este tipo de constrangimento, e ressaltou que decidiu fazer a denúncia para que crianças, adultos e idosos também não sofram abuso do médico.
Polícia Civil segue as investigações
Este já é o segundo caso de abuso sexual em Caratinga envolvendo o médico Alessandro Teixeira da Costa. Mas na verdade, esta é a primeira denúncia oficial registrada na Delegacia Especializada de Orientação e Proteção à Família.
Segundo a Delegada Nayára Travassos, foi instaurado um inquérito sobre o caso, e o médico poderá responder por crime de violência sexual mediante fraude. A pena para quem comete este tipo de crime pode chegar de 2 a 6 anos de reclusão.
Uma vez instaurado o inquérito policial, a Polícia Civil tem oficialmente 30 dias para chegar à conclusão das investigações. Se dentro desse tempo não for possível concluir o caso, um novo prazo pode ser solicitado pela polícia ao Poder Judiciário.
Na tarde de hoje (04), o jornalismo do Super Canal também entrou em contato com o Secretário de Saúde, Thales Edson Chaves. Ele informou que o médico pediu afastamento por motivos pessoais. A Secretaria de Saúde informou ainda que, segue paralela às investigações e também já ouviu o médico. Agora a pretensão é ouvir o paciente.
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