Foco de raiva bovina é confirmado em Perdões

Um caso de raiva bovina foi confirmado em Perdões, no Sul de Minas. De acordo com informações do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o animal que contraiu a doença fazia parte de um rebanho leiteiro de aproximadamente 170 cabeças.

O coordenador do Programa de Raiva dos Herbívoros, Márcio Geraldo Ribeiro, informou que a equipe do IMA na cidade reforçou os trabalhos de combate a focos de morcegos hematófagos (que se alimentam de sangue) que atacam os bovinos, desde que foi confirmada a morte de um animal em decorrência da doença.

Os agentes estão a procura de focos na cidade e nos municípios vizinhos. Ele informou ainda que o IMA tem feito campanhas com criadores para reforçarem a vacinação dos animais, para evitar novos casos. Segundo Ribeiro, a Secretaria de Saúde da cidade foi informada sobre o caso e deve reforçar a vacinação antirrábica em cães e gatos.

“As informações que recebi é que este criador (que perdeu o animal) estava vacinando o rebanho regularmente, mas provavelmente este animal ficou no pasto na última vacinação e acabou contraindo a doença”, afirmou Ribeiro. Ainda de acordo com ele, a situação na cidade está sob controle.

O dono do bovino teria comentado com alguém sobre a morte do animal e o IMA foi até o local coletar material para confirmar a suspeita de raiva. O laudo ficou pronto na última semana, quando as medidas preventivas começaram a ser reforçadas.

Prevenção

Márcio Ribeiro ressaltou a importância da colaboração dos criadores para evitar a doença. “É preciso que eles nos informem sobre os possíveis focos de morcegos e que não fiquem descuidados com a vacinação”, ressaltou.

De acordo com ele, a espécie de morcego hematófago que ataca os bovinos procura se abrigar bem próxima a currais, em locais como casas abandonadas, buracos em barrancos, bueiros de estrada, grutas, cavernas e árvores ocas. O criador que notar a presença de morcegos ou sentir mal cheiro em locais assim, deve comunicar a equipe do IMA regional, para que o combate ao foco seja feito.

A vacinação deve ser feita anualmente, sendo que a primeira dose precisa de um reforço 30 dias após a aplicação. De acordo com o IMA, a responsabilidade da vacinação é dos próprios criadores.