Familares e albergados revoltados...
Na madrugada desta quarta-feira (10/11) o presídio de Caratinga foi alvo de mais uma denúncia. Desta vez: omissão de socorro.
De acordo com Aisen Diógenes e Antônio Dias, colegas da vítima, na noite da última terça-feira (09/11), Edilson Francisco Martins, de 33 anos de idade, começou a sentir falta de ar. Com o passar das horas, a situação foi se agravando tendo em vista que ele sofre de problemas respiratórios - “asma” - e o quadro de Edilson piorou. A vítima disse aos funcionários do presídio que trabalham no albergue durante o período em questão para socorrê-lo pois não se sentia bem. Mas nada foi feito.
Por volta de 6h os albergados tiveram que trazer Edilson no ônibus e depois pagar um táxi para levá-lo até o Pronto Atendimento Municipal mas já com os sinais vitais fracos ele veio a falecer.
Segundo as irmãs, Edilson ficou preso de 2000 à 2002 por tráfico de drogas. Em 2003 ele cometeu mais um delito pelo mesmo crime e voltou a ser detido mas desta vez ficou em Ipaba até 2008 e foi transferido para Caratinga onde estaria em liberdade no próximo mês.
O cunhado, Ronaldo Muniz Barbosa, e a irmã, Jandira Martins Barbosa, da vítima pediram por justiça e disseram que apesar de ser um detento antes de tudo ele era um cidadão e tinham seus direitos.
Como já noticiado algumas vezes pela imprensa o presídio de Caratinga se tornou assunto na região devido à denúncias de torturas a presidiários por parte de alguns funcionários.
Nesta época muitos detentos foram ouvidos pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Durval Ângelo, e falaram que havia superlotação nas celas.
Culminando com este fato trágico, mais uma vez, os albergados destacaram a superlotação e disseram ainda que a falta de ventilação do local pode ter agravado o quadro de Edilson que já possuía problemas respiratórios.
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