Por 5 votos a 2 a Câmara Municipal de Ouro Branco, a cerca de 100 km de Belo Horizonte, votou, na noite dessa sexta-feira (19), pela cassação do vereador e ex-presidente da Casa, João da Fraga (PP). O ato foi motivado por denúncias de irregularidades na prestação de contas e na má utilização de verbas de viagem para a participação de congressos e seminários em outros Estados. As supostas irregularidades também estão sendo investigadas pelo Ministério Público.
O vereador Alexandre de Oliveira Alves (PMN), que votou a favor da cassação, informou que a reunião que definiu o futuro de João da Fraga entrou pela madrugada. “Foi uma tentativa de enrolação e de vencer os vereadores pelo cansaço”, declarou. Procurado, João da Fraga disse que só se pronunciaria por meio de sua advogada.
A advogada, Ângela Maria Fernandes, disse que o processo foi uma farsa e que já na próxima semana pretende entrar com um mandato de segurança para anular a decisão. “Em primeiro lugar, documentos da agência de viagens que forneceu as passagens comprovam que não houve nenhuma irregularidade. Em segundo lugar, a cassação só é válida se votada por pelo menos dois terços dos vereadores. São nove vereadores e o mínimo necessário para a cassação seriam seis votos”.
Histórico
O vereador cassado João da Fraga é o mesmo que no final do mês de setembro sofreu um atentado. Ele foi sequestrado e teve os dedos da mão decepados.
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